Sem um acordo com o governo do estado e a Cearaportos que atendesse às reivindicações de segurança nas instalações e procedimentos no Porto do Pecém, trabalhadores de sete categorias, representados pelo MOVA-SE e outros seis sindicatos, além de duas centrais fazem hoje, 11/8, nova paralisação naquela unidade portuária. O evento coincide com a passagem da presidenta Dilma Rousef e comitiva, recepcionados pelo governador Cid Gomes.
A presidenta inaugura o Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT) e a instalação da Correia Transportadora no Porto do Pecém. Ao mesmo tempo, oficializa o início dos serviços de terraplenagem da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Ela é esperada por volta das 13h.
Mas nem tudo são flores no terminal. “A prova é que os acidentes continuam a acontecer”, diz um dos líderes do movimento. Segundo ele, nos três últimos meses ocorreram mais dois. Num deles uma empilhadeira de contêiner tombou e por pouco não se transformou numa tragédia. Em outro episódio um cabo de aço se partiu atingindo o capacete de um trabalhador. Felizmente, não houve vitimas fatais. “O problema é que a imprensa só divulga os casos com óbitos”, lamenta.
Para os manifestantes, o momento é de chamar atenção para os problemas no porto, já que todas as tentativas de serem ouvidos pelo governo e os gestores da Cearaportos foram em vão. O máximo que conseguiram foi um encontro com o secretário de Infraestrutura, Adail Fontenele, que se resumiu na promessa de um novo encontro marcado para 6 de outubro.
A paralisação do início de maio deixou um prejuízo de R$ 250 mil à Cearaportos em apenas um dia. Se o cenário atual não mudar, a possibilidade de uma greve geral não está descartada. Dessa vez o prejuízo seria ainda maior pela proximidade das safras de frutas, um dos principais produtos escoados pelo porto.
Mais informações:Hernesto Luz: Diretor do MOVA-SE e funcionário da Cearaportos – 9709.2226
Sílvia Carla Araújo: assessora de imprensa MOVA-SE – 8681.7347
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