(Sesa) - "Mesmo sem ter municípios no mapa de risco da dengue para 2012, divulgado no início de dezembro pelo Ministério da Saúde, o Ceará reforçou a estrutura de combate aos focos do mosquito Aedes aegypti. Os municípios estão mais preparados e com melhores condições para desenvolver as ações de prevenção e controle da dengue. Além de recursos novos, um total de R$ 5,1 milhões que o Ministério da Saúde está liberando a 51 municípios cearenses para as ações de controle do mosquito, vigilância epidemiológica e assistência, o governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, investiu R$ 300 mil na aquisição de 100 máquinas fumacês portáteis para aplicação de inseticida contra o mosquito.
Todos os municípios cearenses selecionados pelo Ministério da Saúde já apresentaram o plano de contingência exigido para receber o incentivo. Já foram aprovados os planos de 36 município que, em dezembro, estão recebendo um total de R$ 1,82 milhão. No plano de contingência a ser encaminhado ao Ministério da Saúde, os municípios devem garantir a manutenção de número adequado de agentes de controle de endemias, de acordo com o parâmetro de 1 agente para cada mil imóveis nas atividades de visitas domiciliares, realização de 80% das visitas domiciliares em pelo menos quatro ciclos bimestrais de trabalho e de pelo menos três Levantamentos Rápidos de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), em janeiro, março e outubro. O gestor local, na vigilância e assistência, ainda, deve notificar os casos suspeitos de dengue grave e os óbitos, além de ter uma rede de atenção primária com capacidade para atender casos na sua área de abrangência
No início do mês de dezembro, as 21 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) e a Central de UBV receberam da Secretaria da Saúde do Estado 100 fumacês portáteis para o controle do mosquito da dengue. Todos os equipamentos e materiais serão utilizados pelas Regionais de Saúde a partir das demandas dos municípios. Os fumacês portáteis dão acesso a locais onde os carros fumacê não circulam. Cada uma das 21 Regionais de Saúde recebeu três fumacês portáteis. A sede da macrorregião de saúde de Sobral recebeu 7 máquinas e, a do Cariri, 6. A Central de UBV, localizada no Eusébio, já mantinha cinco máquinas costais de retaguarda e recebeu 20 equipamentos novos que poderão ser deslocados, quando necessário, a qualquer Regional de Saúde ou município que solicitar reforço para o controle químico do mosquito da dengue.
O controle da dengue, porém, não depende exclusivamente do poder público. Todos devem se envolver no combate ao mosquito, seguindo as orientações de prevenção da doença.
Com medidas simples, a população pode ajudar no combate a dengue:
- manter a caixa d’água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito
- jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc
- guardar garrafas, para retorno ou reciclagem, emborcadas e em local em que não acumulem água
- colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada
- não jogar lixo em terrenos baldios
- manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana
- manter bem tampados tonéis e barris d’água
- não deixe água acumulada sobre a laje
- encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta ou lavá-los com escova, água e sabão semanalmente
- lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água
- remover folhas e galhos e tudo o que possa impedir a passagem da água pelas calhas
- se você tiver vasos de plantas aquáticas, trocar a água e lavar o vaso, principalmente por dentro, com escova, água e sabão, pelo menos, uma vez por semana
- lavar semanalmente, principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios utilizados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes etc.
Para as secretarias municipais de saúde, continuam valendo os dez passos de combate à dengue:
1. Assegurar a continuidade das ações de controle focal do mosquito, casa a casa, pelos agentes de endemias.
2. Garantir a supervisão de campo das ações de agentes de endemias e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI).
3. Realizar mutirão de limpeza urbana, convocando a população para colaborar, limpando os quintais, principalmente no período que antecede as chuvas.
4. Implantar ou implementar as ações de vedação de caixas d'água com tela ou cimento.
5. Realizar atividade de mobilização social especialmente nas escolas municipais (gincanas, concursos de redação e peças de teatros).
6. Assegurar a notificação imediata de todos os casos para a vigilância epidemiológica.
7. Alertar todos os profissionais da Saúde da Família e da rede hospitalar sobre o diagnóstico e tratamento dos casos de dengue.
8. Garantir o estoque de medicamentos e material de laboratório que permita o diagnóstico e tratamento precoces.
9. Garantir o fluxo de atendimento e referência para pacientes com dengue hemorrágico ou dengue com complicação.
10. Elaborar um plano de contingência para eventuais epidemias.
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