O português Luiz Miguel Militão Guerreiro depois de ser autorizado pela Justiça a fazer o curso de graduação em Geografia, na Universidade Federal do Ceará (UFC) desistiu. Condenado a 150 anos pela chacina de seis empresários portugueses em 2001, na Praia do Futuro, em Fortaleza, Militão estava matriculado para iniciar as aulas em oito de outubro, mas devido a repercussão negativa da decisão do juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Luiz Bessa Neto, o português enviou hoje uma carta ao promotor de Justiça, Sílvio Lúcio Correia Lima, desistindo de fazer o curso.
Luiz Bessa Neto tinha primeiro atendido o pedido de Militão, alegando o direito dele de estudar. Mas Sílvio Lúcio Correia Lima recorreu da decisão. O promotor não queria a saída de Militão do presídio para estudar porque "há falta de previsão legal para esta concessão". Segundo o promotor "disciplina e responsabilidade são quesitos que contam muito para um benefício como este, mas este detento é problemático". Lúcio Correia Lima destacou que Militão "incitou motins, tentou fugir da prisão, traficou no presídio, foi flagrado com cossocos e celulares e uma carta manuscrita por ele, endereçada para um irmão, em Portugal, arquitetava, uma fuga para a Europa".
Na decisão de Luiz Bessa Neto estava a condição de que para frequentar o curso de Geografia, Militão tinha que ter uma escolta policial composta de 11 homens, sendo dez policiais e um oficial. O reitor da UFC, Jesualdo Farias não aceitou esta condição e professores e alunos da Universidade não concordaram com a presença de Militão no curso de Geografia. Devido a essa rejeição, Militão desistiu da UFC e segue cumprindo em regime fechado a pena de 150 anos.
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