Sabrina Valle, Fernanda Nunes e Mônica Ciarelli, da Agência Estado
A Agência recebeu uma série de liminares nos últimos dias tentando suspender o leilão, sendo parte dos pedidos feitos por movimentos sociais. No entanto, a ANP disse que as liminares carecem de fundamento técnico e foram derrubadas sem problemas. Outras liminares ainda podem aparecer, mas o diretor da ANP, Helder Queiroz, disse que é um movimento comum e que não ameaça a realização do evento.
Magda destacou que o plenário com capacidade para 700 pessoas está cheio e que há muita gente ainda do lado de fora, o que, segundo ela, demonstra o grande interesse na rodada. Magda disse que muitas empresas procuraram a agência nos últimos dias, mas declinou de dar detalhes sobre as áreas de interesse.
Bacia do Parnaíba
A ANP iniciou a rodada de licitações com a oferta de 20 blocos em terra na bacia do Parnaíba. Situada na região Nordeste do País, no Maranhão, Piauí, Tocantins e pequena parcela no Pará, Ceará e Bahia, a área é considerada de nova fronteira. O seu potencial é de produção de gás natural.
"Gavião Real, operado pela concessionária OGX, é o único campo produtor da bacia e produziu 2 milhões de m² de gás natural em dezembro de 2012", informou a ANP, em nota oficial. Desde janeiro de 2012, a ANP recebeu oito notificações de descoberta na bacia. Além da OGX, operam na bacia a Petrobras e a BP. Para essa bacia, o bônus de assinatura mínimo varia de R$ 1.012.496,96 a R$ 1.767.233,56.
Este primeiro setor licitado arrecadou R$ 61.366.466,00. Todos os 13 blocos licitados foram vendidos. A autarquia informou que as propostas preveem investimentos de R$ 443.425.800,00 para os próximos cinco anos a oito anos.
Pré-sal
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que os estudos sobre o potencial do pré-sal, que estão sendo realizados neste momento, vão "surpreender positivamente". Lobão lembrou que o País ficou quase cinco anos sem rodadas de licitações de áreas exploratórias, depois da descoberta do pré-sal, para a elaboração do regime de partilha, do qual participaram o próprio Lobão e a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, atual presidente da República.
A 11ª rodada não contempla áreas do pré-sal, que terá uma rodada exclusiva em novembro. Lobão lembrou ainda que, em outubro, será realizada uma rodada para a exploração de áreas de gás não convencional.
Lobão disse que o Brasil de hoje é bastante diferente do País das últimas rodadas. Citou, por exemplo, que o Brasil não deve - mas sim empresta - recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
Potencial petrolífero
A ANP destaca a margem equatorial do País como a região de maior potencial petrolífero entre as que serão leiloadas nesta terça-feira. Em relatório oficial, a agência ressalta a possibilidade de surgimento ou crescimento da atividade petrolífera nas bacias do Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, todas consideradas de nova fronteira exploratória.
Ao todo, serão oferecidos nos dois dias 289 blocos em 23 setores, que totalizam 155,8 mil quilômetros quadrados, em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul.
O leilão começa com a oferta na bacia do Parnaíba, em 20 blocos terrestres, divididos em três setores. Dos 289 blocos, 166 estão localizados no mar - dos quais 94 em águas rasas e 72, em águas profundas - e 123 estão em terra. Foram habilitadas para participar da concorrência 64 empresas.
Comentários
Postar um comentário