Fortaleza receberá até o início de junho próximo,
as ações de Aconselhamento e Testagem Voluntária (ATV) para o HIV
promovidas pelo Programa “Quero Fazer”. Com essa iniciativa, o programa,
iniciado em 2008, passa a contar com atividades em cinco capitais
brasileiras. As outras são: Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e
Brasília.
Essa ação é fruto da parceria da EPAH/ “Quero Fazer” com o Grupo
Resistência Asa Branca (GRAB), organização não governamental situada em
Fortaleza que trabalha na defesa dos direitos LGBT e com a Área Técnica
de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza.
Essa nova estratégia de ATV do “Quero Fazer” contará com a
participação direta das unidades públicas de saúde: Centro de Testagem e
Aconselhamento – CTA Carlos Ribeiro, e da Policlínica Nascente. Os
educadores de pares provenientes do GRAB, responsáveis por divulgar e
aproximar o público-alvo organizarão grupos que irão, em caravana, para
as ações de testagem nas unidades de saúde.
TREINAMENTO
Entre os dias 8 e 10 de maio foi realizado um treinamento da equipe
que irá atuar junto aos usuários. Dado os contextos de vulnerabilidade,
exclusão, estigma e discriminação que sofrem a população alvo,
“acreditamos que realizar essa atividade organizada, em parceria com
profissionais capacitados para o respeito à diversidade possa garantir
maior acesso aos recursos públicos de saúde e fortalecimento e
empoderamento dos usuários gays, HSH e travestis”, explica Beto de
Jesus, coordenador do “Quero Fazer”.
Durante o primeiro dia de treinamento, os profissionais e educadores
de par tiveram a oportunidade conhecer o Programa “Quero Fazer” e seu
público-alvo (gays, homens que fazem sexo com homens (HSH) e
travestis).
Eles discutiram os processos de estigma e discriminação,
vulnerabilidade, orientação sexual e identidade de gênero, homofobia,
prevenção do HIV e direitos das pessoas vivendo com HIV. Também
aprenderam sobre os processos de monitoramento e avaliação do programa e
sua política de confidencialidade. Os conteúdos foram facilitados pelo
coordenador Beto de Jesus.
No segundo dia, foi a vez de aprenderem um pouco mais sobre os
processos de testagem rápida: implantação do teste rápido como
diagnóstico; normatização do teste rápido; biossegurança e testagem;
diferenças entre os testes; e formas de aplicação. A facilitadora foi a
enfermeira e biomédica Magaly Mello, responsável pela equipe do “Quero
Fazer” de Recife e capacitadora do Ministério da Saúde para implantação
de ações de ATV, que também falou sobre perfil da epidemia de Aids no
Brasil.
No último dia, Verônica Linhares, técnica da Área Técnica de DST/Aids
da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza e especializada em
Aconselhamento, falou sobre a importância do aconselhamento pré e
pós-teste, com foco na população alvo: definição de acolhimento e
aconselhamento, discriminação e encaminhamentos. “Para ser um bom
aconselhador”, disse ela, “a primeira coisa a se aprender é a ouvir;
ouvir com atenção aquilo que o usuário do serviço tem a dizer”.
O treinamento teve carga horária de 24 horas e aconteceu no Hotel
Golden Tulip Iate Plaza e contou ainda com a participação de Diego
Medeiros, da Área Técnica de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde
de Fortaleza, e de Francisco Pedrosa e Orlaneudo Lima, presidente e
diretor do GRAB, respectivamente.
A previsão é que o Programa “Quero Fazer” comece a funcionar no CTA
Carlos Ribeiro e na Policlínica Nascente, já no início de junho. O
“Quero Fazer” conta com a parceria do Departamento de DST/Adis do
Ministério da Saúde e financiamento da Agência dos Estados Unidos para
Desenvolvimento Internacional (Usaid).
INFORMAÇÕES
Ana Claudia Mielke | Assessora de Comunicação
EPAH | 55 11 5842 5403 | 55 11 99651-8091
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