(www.oab.org.br) - Brasília - É com pesar que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) comunica o falecimento do ex-presidente da entidade, Ophir Filgueiras Cavalcante, hoje. Seu filho Ophir Cavalcante Júnior, também, presidiu a OAB Nacional no período de 2010 a 2013. Desde dezembro ele estava internado em um hospital particular em São Paulo. O advogado presidiu a OAB Nacional de 1989 a 1991 e da seccional paraense (OAB-PA) entre 1983 e 1987.
O presidente nacional da entidade, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, lamentou a morte e decretou luto oficial por cinco dias em homenagem aos dedicados serviços prestados à sociedade e à OAB. “Ophir foi um homem republicano integro e extremamente dedicado às causas coletivas”.
O velório do ex-presidente será em Belém (PA), no Palácio Lauro Sodré, antigo Palácio dos Governadores. O horário será divulgado em breve.
BIOGRAFIA
Ophir Filgueiras Cavalcante é filho de Antônio Gomes Cavalcante Filho e Irene Filgueiras, e nasceu em 2 de agosto de 1937, em Belém (PA). Formou-se em direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), no dia 8 de dezembro de 1960. É pai de três filhos: Ophir Júnior, Suzy e Carla. Os dois primeiros também são advogados.
Na OAB-PA, ele exerceu os cargos de vice-presidente (1983-1985) e presidente 1985-1987. E em 1987 ingressou no Conselho Federal como conselheiro pelo Pará, tendo sido eleito vice-presidente para o biênio 1987-1989, na gestão de Márcio Thomaz Bastos. Presidiu a OAB Nacional de 1989 até 1991.
Em 1º de abril de 1989, tomou posse como presidente do Conselho Federal da OAB. Em seu discurso na solenidade de posse, afirmou que “são os advogados artífices de um novo mundo, que um dia deverá ser universalmente aceito, quando o direito não for outra senão a expressão mesmo da vida, numa idade nova e livre, que não comporte sequer um pensamento escravo”.
GESTÃO
A instalação da sede própria da OAB Nacional em Brasília foi em 19 de novembro de 1990 durante a sua gestão. Ophir presidiu a entidade na época em que foram realizadas as eleições diretas para presidência da República após 25 anos de regime autoritário. No período, também foi realizada a XIII Conferência Nacional da OAB, Belo Horizonte (MG).
Sua gestão fez manifestações do Conselho Federal da OAB contra: a violência institucionalizada por questões agrárias na região do Bico do Papagaio, Pará; a prática de violações e o desrespeito ao Poder Legislativo com a edição de medidas provisórias e a proposta de emenda constitucional que instituía a pena de morte.
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