Uma mistura de cores e
estilos marcou o primeiro dia do Dragão Fashion Brasil 2014. O evento, que teve
início ontem (23) e prossegue até o próximo domingo (27) no Centro Dragão do
Mar de Arte e Cultura, reúne estilistas de diversas partes do País em sua 15ª
edição e traz investimentos de R$ 2 milhões, oriundos das iniciativas pública e
privada.
A passarela da moda foi
aberta apostando em novos talentos. A marca gaúcha Ocksa foi a primeira a
apresentar seu modo de vestir para o público. Os estilistas Deise Witz e Igor
Bastos abusaram na transparência e nas cores das roupas que, juntas, pareciam
um verdadeiro arco-íris. Muito zíper e abotuaduras típicas de mochilas esportivas
ganharam destaque nas peças criadas por eles, inclusive nos calçados
exclusivos, que pareciam verdadeiras plataformas.
O cearense João Sobarr
apresentou o segundo desfile da noite. Inspirado na arte milenar marajoara - cerâmicas
encontradas em escavações na Ilha de Marajó (Pará) -, o estilista produziu elogiadas
estampas baseadas em suas formas geométricas. O preto, o vermelho, o laranja e
o prateado deram o tom.
“Desde sempre sou apaixonado
pela cultura indígena e queria fazer alguma coisa sobre ela. As estampas, as
formas e as faixas usadas nos modelos lembram as entrecascas das árvores que os
índios usam para se vestir”, explicou ele em entrevista ao Buchicho. As peças
masculinas, como camisetas e blasers, estavam bem comerciais e se encaixam nas
melhores lojas da cidade. Essa foi a segunda vez que Sobarr desfilou no Dragão
Fashion, quando realizou desfile em 2012.
MÁRIO
QUEIROZ
Já renomado no mundo da
moda, o desfile do carioca Mário Queiroz - juntamente com o de Lino Villaventura
- foi um dos mais esperados da noite. O estilista utilizou muita alfaiataria,
típica do seu trabalho, como tecidos mais clássicos. O branco, o bege o azul e
o preto foram as cores que ganharam destaque na sua nova coleção.
O estilista inovou algumas
peças com bordados e bastante brilho e deu o toque feminino em roupas para
homens nas suas peças – como costas nuas, saias pliçadas e sarongue (espécie de
saiote) – sem perder a masculinidade. Mário Queiroz também utilizou tecidos
metalizados, que remetem aos anos de 1980. Por falar nessa época, a trilha
sonora do desfile foi inspirada nesse período, com músicas das bandas The Smiths
e The Cure.
VILLAVENTURA
A fila do lado de fora da Sala
3 do Dragão Fashion Brasil já apontava a disputa que foi conseguir um convite
para assistir ao desfile de Lino Villaventura, paraense radicado no Ceará. O
estilista encerrou o primeiro dia do evento cheio de cores e irreverência. O
desfile apresentado na noite de ontem é o mesmo que percorreu as passarelas do
São Paulo Fashion Week Verão 2015, no começo do mês.
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