A produção, o emprego e a utilização da capacidade instalada na indústria brasileira recuaram em novembro, confirmando o desaquecimento da atividade. O indicador de evolução da produção ficou em 45,4 pontos, o de número de empregados baixou para 46,4 pontos e o de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual caiu para 41,5 pontos. As informações são da Sondagem Industrial de novembro, divulgada ontem, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os indicadores vinculados à produção são inferiores aos registrados em outubro. De acordo com a metodologia da pesquisa, os valores variam de zero a cem. Abaixo de 50 indicam queda do indicador.
De acordo com o levantamento, o índice de evolução da produção recuou de 50,8 pontos em outubro para 45,4 pontos em novembro. Mesmo com a retração da produção, os estoques indesejados aumentaram. O indicador de nível de estoque efetivo em relação ao planejado subiu de 51 pontos em outubro para 51,5 pontos em novembro.
EXPECTATIVAS - Diante do cenário negativo, os empresários estão mais pessimistas. Neste mês, todos os indicadores de expectativas para o próximo semestre ficaram abaixo dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam a queda da demanda, das exportações, do número de empregados e da compra de matérias-primas. O indicador de expectativa de demanda para os próximos seis meses caiu de 50 pontos em novembro para 48,1 pontos em dezembro, o de número de empregados recuou de 47,9 pontos para 46,3 pontos e o de compra de matérias-primas diminuiu de 46,4 pontos para 45,7 pontos. No mesmo período, o indicador de quantidade exportada ficou em 48,4 pontos.
Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 10 de dezembro, com 2.186 empresas. Dessas, 874 são pequenas, 788 são médias e 524 são de grande porte.
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