Aos meus web-leitores
Faço uma pausa neste relato histórico que estou fazendo sobre as atividades do DNOCS na área de hidrometria para encaminhar para os meus diletos web-leitores este excelente artigo de autoria do ex-Reitor a UFC, Antônio Albuquerque Souza Filho, sobre as três entidades básicas de nossa Região, o DNOCS, a SUDENE e o BNB. Um verdadeiro SOS em favor da sobrevivência destas três instituições.
Inicialmente quero parabenizar o ilustre professor Albuquerque pelo oportuno artigo no qual ele faz uma análise sucinta das funções das três entidades, acima citadas, realçando a importância de cada uma nas suas respectivas funções, cada uma com uma missão específica a cumprir visando o desenvolvimento de nossa Região. Mas, muitas veze, como é dito no citado artigo, “As chefias são ocupadas por indicações partidárias sem nenhum compromisso com a instituição e sua história”
Para se ter uma ideia, aqui no Ceará a palavra DNOCS está proibida de ser pronunciada e o seu valioso acervo de obras e equipamentos está sendo cobiçada (acredite) por um órgão estadual, no caso a COGRH, que tem planos de assumir as funções do DNOCS não só no Ceará, como em toda a região nordestina. Pode parecer absurdo mas é o que está sendo desenhado nas atuais circunstâncias do tema dos recursos hídricos que se tem notícias através da imprensa e em outras ocasiões que eu próprio tenho presenciado.
O plano começa a partir da gestão do Projeto de Integração do Rio São Francisco que para sua gestão e manutenção vai ser necessário, segundo a Fundação Getúlio Vargas, em estudo para a CODEVASF, vai custar, anualmente, R$ 400 milhões, ou chova ou faça sol. Eu disse R$ 400 milhões, repito, que também vai ser muito disputado. Esta é uma das razões que supostamente o pessoal do Ceará deseja a extinção do DNOCS que, com certeza, faria este mesmo trabalho por um custo infinitamente menor. Eis a razão porque a COGERH se autodenomina de ser a mais “competente” organização nesta questão dos recursos hídricos dentre todos os demais estados nordestinos.
Agora leiam o artigo do professor Albuquerque e façam suas próprias reflexões. Antes de encerrar, gostaria de lhes transmitir este e-mail que recebi, há dois dias, de um engenheiro agrônomo de Mossoró, Luiz Soares Silva, professor aposentado da UFERSA, um dos grandes exportadores de frutas daquele estado:
“Estimado Cássio
“ Virou modismo no país rasgar as paginas da nossa história. Matam as nossas memórias, mentem sobre a realidade e inventam fatos e atos absurdos, baseados numa hipocrisia colossal. Enquanto o semiárido brasileiro não for reconhecido e respeitado, como sendo um dos biomas mais importantes do planeta, estaremos e ficaremos a mercê de facínoras incompetentes, protegidos somente pelo proselitismo e demagogia política. Tenho dito repetidas vezes, que temos que reinventar uma metodologia técnico-gerencial dos nossos recursos. O grande problema é, sim, acumular agua para os grandes períodos de seca, que a historia sabe e nos induz a essa possibilidade. Temos que fazer inserir uma tecnologia de irrigação, altamente moderna e eficaz, no que diz respeito ao custo de produção, produtividade, baixo consumo hídrico e de caráter ambiental. Com este sentido estou programando com o CREA/RN, um Seminário sobre o assunto; e, quem sabe a realização de uma AUDIÊNCIA PUBLICA, sob os auspícios da Agencia Nacional. Quem sabe se nao poderemos juntar esforços e fazer acontecer, desta feita como REGULARIZAÇÃO. Abraços Luiz Soares”.
Atenciosamente, Cássio Borges.
Comentários
Postar um comentário