PARA CONHECIMENTO DOS CAROS AMIGOS. CÁSSIO
Caros da Academia Cearense de Engenharia (ACE)
Ainda que distante do Brasil, confesso que estou preocupado com esta situação em que se encontra o Açude Castanhão, embora eu faça uma correção nesta matéria do Diário do Nordeste pelo fato de ele ter sangrado no ano de 2009, portanto, na realidade, ele não tem sangrado, de fato e verdade, somente nos últimos sete anos e não doze, como alí está dito. Nos arquivos do DNOCS, e em algumas publicações daquele Depatamento, se pode ver que no ano de 2009 passou pela seção do Rio Jaguaribe, onde o Castanhão foi construído, um volume de 9,1 bilhões de metros cúbicos de água e, como se sabe, sua capacidade total é de 6,7 bilhões de m³. Ma isto não invalida a minha preocupação. Como deve estar esta água com o Castanhão passando não 12, mas 7 anos sem sangrar? Veja que no meu tempo de DNOCS, os engenheiros mais antigos diziam que os açudes não deveriam passar mais do que cinco anos sem sangrar. Esta era a tese defendida pelo grande engenheiro daquele Departamento Federal, Francisco Gonçalves Aguiar, que desenvolveu suas consagradas "Fórmulas de Aguiar" que serviram de base para o dimensionamento de quase todos os açudes de nossa Região. E não é possível esquecer que o professor Theophilo Ottoni, no seu parecer para a SEMACE, em 1992, disse que o Castanhão poderá passar até 20 anos sem sangrar. Esta informação ele comprovou considerando um periodo histórico de dados fluviométricos (vazão) de 1939 a 1989. Estão nos arquivos do DNOCS, se é que eles ainda existem... Por esta razão, eu defendia que o Castanhão deveria ter no máximo 1,2 bilhão de m³, embora admitindo que o Açude Castanheiro, lá em cima, na bacia do Rio Salgado, podesse ser cosntruido com 1,2 bilhão de m³. Mas falou mais alto a incompetência e outros intesses que levaram ao super-dimensionamento da construção do referido açude, com 6,7 bilhões de m³. Não culpo os políticos, que nem sabem que, por trás deste drama da falta de água, existe uma Ciência chamada Hidrologia, que cuida desta questão, principalmente numa região seca como é a nossa. O problema é muito sério. Cássio
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