"Caros Confrades da Academia Cearense de Engenharia (ACE)
Como os Confrades da ACE sabem, estou nos Estados Unidos desde o dia 18 de maio. Aqui, sem sentir a sensação dos dissabores que o noticiário político diário do nosso País nos traz, concluí a segunda edição do meu livro "A FACE OCULTA DA BARRAGEM DO CASTANHÃO - Em Defesa a Engenharia Nacional", que foi prefaciado, em sua primeira edição, pelo renomado engenheiro de nosso País, Jorge Staico, cujas atividades, especialmente em nossa Região, onde, por sua brilhante atuação se destacou profissionalmente. Este era o amigo Jorge Staico com quem estivemos juntos em muitas oportunidades, quando ambos representávamos nossos respectivos Departamentos federais, o DNOS e o DNOCS. O Jorge, por seus méritos morais e éticos, foi durante muitos anos Presidente do Comitê de Estudos Integrados do Vale do Rio São Francisco -CEEIVASF, autor de duas publicações sobre aquele importante vale, sendo ele o "Relator Final da Comissão Interministerial de Estudos para Controle de Enchentes do Rio São Francisco", ainda hoje considerado a Bíblia do Rio São Francisco. Ele era pernambucano de nascença, de Recife, mas mineiro de coração, onde se radicou na cidade de Juiz de Fora. É com o aval dessa excepcional figura da engenharia brasileira que animei-me em editar a segunda edição deste meu livro que, no seu prefácio, o saudoso amigo destacou:
"A obra, que é toda fruto de talento, com dedicação idelística e incansável, impressionará, por seu conteúdo e por sua originalidade, a todos os que dela se inteirarem. E, certamente, convencerá a todos que a tiverem lido por completo e com isenção, da procedência do questionamento sustentado pelo autor durante quatorze anos. Sem dúvida, uma "obra de referência"e instrumento de conscientização nacional para reformular o atual tratamento dispensado à água, não só no Ceará, como no Brasil" .
Abraços, Cássio Borges.
Brasília
DF, 09 de julho de 2016
Desbravador,
Doutor Cassio Borges.
Este
sua fala depoimento com o Doutor Newton de Oliveira Carvalho. É um
verdadeiro resgate da HISTÓRIA DO PISF- PROGRAMA DE TRASPOSIÇÃO
DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO PARA AS BACIAS HIDROGHRÁFICAS DO
NORDESTE SETENTRIONAL. Este golpe de mestre fantástico, de incluir
sete PCHs no programa PISF, de forma a zerar os custos da energia
consumida na transposição, pelo simples fato de bombear nas horas
mortas (23 as 6:00h), e entregar ao ONS a energia gerada no pico(6:00
as 23:00h). Me encucava. Agora sei da cabeça de quem saiu. Muitas
outras sacações engenhosas. Os reservatório de passagens todos de
cabeceira, com pequenos aportes de sedimentos. Evitando seu prematuro
assoreamento. Agora estas corajosas e importantes medições líquidas
em aguas altas no rio Jaguaribe, Ponte de Aracati e Peixe Gordo em
1985. Felizmente estas memórias serão disponibilizadas brevemente
em seu livro intitulado, A FACE OCULTA DA BARRAGEM DO CASTANHÃO –
Em Defesa da Engenharia Nacional.
Uma
boa madrugada de trabalho para nós.
Mongin.
De:
Cassio
Borges [mailto:borgescassio@hotmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 8 de julho de 2016 19:58
Para: Newton de Oliveira Carvalho Newton
Cc: J.MONGIN CODEVASF
Assunto: AS ENCHENSTES DE 1985 NO ESTADO DO CEARÁ
Enviada em: sexta-feira, 8 de julho de 2016 19:58
Para: Newton de Oliveira Carvalho Newton
Cc: J.MONGIN CODEVASF
Assunto: AS ENCHENSTES DE 1985 NO ESTADO DO CEARÁ
Caro
Newton
Você falou bem. As medições que você e o Heitor Hugo da Silveira, engenheiro do DNOCS, fizeram no local do Açude Castanhão com uma das quipes de hidrometria do DNOCS, foram nas enchentes do Rio Jaguaribe no ano de 1985. Eu era o Chefe da Divisão de Hidrologia do DNOCS e, naquela mesma ocasião, eu estava em Aracati (foz do Rio Jaguaribe), também com outra equipe de hidrometria do DNOCS medindo a vazão na seção da Ponte de Aracati, onde o "seu" DNOS havia construído um dique de proteção daquela cidade. O referido dique, em função da excepcional enchente do Rio Jaguaribe naquele ano, rompeu em seis locais como eu mostro na figura (desenho) publicada no meu livro no Capítulo que eu denominei de "AS ENCHENTES DO RIO JAGUAARIBE NOANO E 1985". Infelizmente, a CPRM não fez nenhuma medição em cotas alta, nem na seção do Açude Castanhão (que não era de sua obrigação), nem na seção da ponte do Rio Jaguariobe e nem na seção de Peixe Gordo, localizada acima da cidade de Limoeiro. Mas, graças ao DNOCS, essas medições em cotas altas foram feitas e graças a elas nós determinamos uma excelente Curva Chave para essas três seções do Rio Jaguaribe. Com base nessas Curvas Chaves (cota x vazão) nos foi possível determinar o volume d`água que passou na seção do Rio Jaguaribe no Açude Castanhão no ano de 1985 e por extrapolação com os dados de pluviometria do DNOCS (o maior acervo em toda a América Latina), fizemos extrapolações para as memas seções nos também anos excepcionais de enchentes de 1924, 1974 e 1989, embora este último ano não se possa dizer que tenha sido excepcional, mas o Castanhão já existia, já estava construído. Só por curiosidade, na seçãao do Açude Castanhão passou no ano de 1985, 20,9 bilhões de m³ de água. O nosso amigo Waldemar, hoje Presidente da ANA, conhece esta história pois o DNOCS operava em Convênio com o DNAEE e a CHESF todas as estações hidroclimatológicas dessa três entidades nos Estados do Ceará e Piauí, a um custo muito baixo, diga-se de passagem, sem se falar na alta qualidade dos trabalhos de campo ralizados por aquele Departamento Federal. Que o diga o Dr. Barbosa que era um dedicado e excelente Diretor do DNAEE. Por sinal, onde está ele? Tudo o que lhe disse acima, e com muito mais detalhes, está no meu livro "A FACE OCULTA DA BARRAGEM DO CASTANHÃO - Em Defesa da Engenharia Nacional, cuja segunda edição deverá ser publicada ainda neste mês de julho, quando do meu regresso ao Brasil. Um grande abraço do seu amigo e admirador, Cássio
Você falou bem. As medições que você e o Heitor Hugo da Silveira, engenheiro do DNOCS, fizeram no local do Açude Castanhão com uma das quipes de hidrometria do DNOCS, foram nas enchentes do Rio Jaguaribe no ano de 1985. Eu era o Chefe da Divisão de Hidrologia do DNOCS e, naquela mesma ocasião, eu estava em Aracati (foz do Rio Jaguaribe), também com outra equipe de hidrometria do DNOCS medindo a vazão na seção da Ponte de Aracati, onde o "seu" DNOS havia construído um dique de proteção daquela cidade. O referido dique, em função da excepcional enchente do Rio Jaguaribe naquele ano, rompeu em seis locais como eu mostro na figura (desenho) publicada no meu livro no Capítulo que eu denominei de "AS ENCHENTES DO RIO JAGUAARIBE NOANO E 1985". Infelizmente, a CPRM não fez nenhuma medição em cotas alta, nem na seção do Açude Castanhão (que não era de sua obrigação), nem na seção da ponte do Rio Jaguariobe e nem na seção de Peixe Gordo, localizada acima da cidade de Limoeiro. Mas, graças ao DNOCS, essas medições em cotas altas foram feitas e graças a elas nós determinamos uma excelente Curva Chave para essas três seções do Rio Jaguaribe. Com base nessas Curvas Chaves (cota x vazão) nos foi possível determinar o volume d`água que passou na seção do Rio Jaguaribe no Açude Castanhão no ano de 1985 e por extrapolação com os dados de pluviometria do DNOCS (o maior acervo em toda a América Latina), fizemos extrapolações para as memas seções nos também anos excepcionais de enchentes de 1924, 1974 e 1989, embora este último ano não se possa dizer que tenha sido excepcional, mas o Castanhão já existia, já estava construído. Só por curiosidade, na seçãao do Açude Castanhão passou no ano de 1985, 20,9 bilhões de m³ de água. O nosso amigo Waldemar, hoje Presidente da ANA, conhece esta história pois o DNOCS operava em Convênio com o DNAEE e a CHESF todas as estações hidroclimatológicas dessa três entidades nos Estados do Ceará e Piauí, a um custo muito baixo, diga-se de passagem, sem se falar na alta qualidade dos trabalhos de campo ralizados por aquele Departamento Federal. Que o diga o Dr. Barbosa que era um dedicado e excelente Diretor do DNAEE. Por sinal, onde está ele? Tudo o que lhe disse acima, e com muito mais detalhes, está no meu livro "A FACE OCULTA DA BARRAGEM DO CASTANHÃO - Em Defesa da Engenharia Nacional, cuja segunda edição deverá ser publicada ainda neste mês de julho, quando do meu regresso ao Brasil. Um grande abraço do seu amigo e admirador, Cássio
Subject:
Re: A Transposição do Rio São Francisco
To: borgescassio@hotmail.com
From: newtonoc@openli nk.com.br
Date: Fri, 8 Jul 2016 17:59:29 -0300
To: borgescassio@hotmail.com
From: newtonoc@openli nk.com.br
Date: Fri, 8 Jul 2016 17:59:29 -0300
Cássio
Interessante a nota. Essa transposição está demorando e foi muito modificada.
Quando eu trabalhava no DNOS colaborei nas medições. Lembro-me que não tinha valores de vazões em Cabrobó. Fui lá medir e fiz isso com equipamento que a CPRM de Recife me emprestou.
Andei tb medindo lá pro Castanhão com a ajuda do Heitor. Medimos o rio na cheia. Foi uma aventura. Depois pegamos o pique e fizemos a medição por método indireto.
Saí do DNOS e fui para a Eletrobrás e o assunto ficou lá.
Newton
Em 6/7/2016 12:18, Cassio Borges escreveu:
Interessante a nota. Essa transposição está demorando e foi muito modificada.
Quando eu trabalhava no DNOS colaborei nas medições. Lembro-me que não tinha valores de vazões em Cabrobó. Fui lá medir e fiz isso com equipamento que a CPRM de Recife me emprestou.
Andei tb medindo lá pro Castanhão com a ajuda do Heitor. Medimos o rio na cheia. Foi uma aventura. Depois pegamos o pique e fizemos a medição por método indireto.
Saí do DNOS e fui para a Eletrobrás e o assunto ficou lá.
Newton
Em 6/7/2016 12:18, Cassio Borges escreveu:
CARO NEWTON
RECEBI
DE UM AMIGO O COMENTÁRIO ABAIXO DO SOCIÓLOGO ROBERTO MALVEZZI,
DA COMISSÃO PASTORAL DA TERRA, PESSOA POR QUEM TENHO O MAIOR
RESPEITO E ADMIRAÇÃO, NO QUAL ELE LEVANTA DÚVIDA QUANTO A
IMPORTÂNCIA E A NECESSIDADE DO PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO
SÃO FRANCISCO. VEJAM A RESPOSTA QUE DEI A ESSE AMIGO. OK?
CÁSSIO
Caro Eduardo
Caro Eduardo
Conheço
bem o sociólogo (?) Roberto Malvezzi, da Comissão Pastoral da
Terra, com quem já troquei amistosas correspondências sobre o
Pojeto de Integração do Rio São Francisco. Também conheço os
posicionamentos do ex-Governador de Sergipe, João Alves, com quem
discuti este assunto no CREA de Brasília, e do ex-Governador da
Bahia, Antonio Carlos Magalhães. Também estive na TV Cultura de São
Paulo, no dia 13 de março de 2008, discutindo com eminentes
opositores desse empreendimento, entre os quais o Senador e
ex-Governador da Bahia, Paulo Souto, o pesquisador da Fundação
Joaquim Nabuco de Pernambuco, João Suassuna, o professor da
Univesidade Federal de Minas Gerais, Apolo Heringer Lisboa, ganhador
do trofeu do Meio Ambiente de 2013, uma espécie de Oscar do Meio
Ambiente brasileiro. Havia também um Representante do Ministério da
Integração Nacional, mas não me lembro bem o seu
oposicionamento. Na realidade, encontrei um ambiente completamente
contrário àquele Projeto sendo eu, o único a favor. No final do
debate todos nos cumprimentamos e para a minha alegria e felicidade
fiz excelentes amigos com os quais, ainda hoje, nos correspondemos.
Naquele memorável debate, que o tenho gravado, defendi o projeto que
sempre defendi desde o início da década de 70 quando eu era Diretor
de Estudos e Projetos do DNOCS, entre os anos de 1972 e 1974, para
ser mais preciso. Mas que projeto era este?
O
Projeto que eu defendia naquela época, sozinho, quando ninguém
acreditava nele, era que o mesmo deveria ter uma vazão de 70 metros
cúbicos por segundo. A ideia do aproveitamento da energia ociosa
(off pick) da CHESF) surgiu em dois Seminários nacionais
promovidos pelo DNOCS em sua sede em Fortaleza. Os que eram
contra, não o discutiam levando em conta a questão da vazão, nem
indagavam qual seria ela. Eram simplesmente contra. Veio o DNOS –
Departamento Nacional de Obras de Sanemaento e a estabeleceu em 320
m³/s, depos 280 m³/s. Fui chamado pelo então Diretor do DNOS,
Paulo Poggi, no Rio de Janneiro, sede daquele Departamento Federal, e
lá defendi a minha versão dos 70 m³/s, pois ainda se falava por lá
numa vazão de 800 m³/s que seria transposta em quatro meses durante
as enchentes do Rio São Francisco. Eu argumentava que 70
m³/s era como se fossem construídas na Região Setentrinal do
Nordeste brsileiro, cinco barragens do tipo Orós, que tem 12 m³/s
Mas
o projeto definitivo, do então Ministro da Integração Nacional,
Ciro Gomes, trouxe uma nova versão com uma vazão máxima de 127
m³/s e é com este valor que ele está sendo construído. No meu
entendimento, caso tivesse sido aceita a minha versão com 70 m³/s,
as águas do Rio São Francisco já teriam chegando ao Ceará desde o
inicio do ano passado, ou até antes, pois o custo seria,
evidentemente, muito menor. Outros detalhes sobre este
empreendimento, que os cinco anos de seca atuais têm demonstrado a
sua extrema importância e necessidade, constam no meu livro “A
FACE OCULTA DA BARRGEM DO CASTANHÃO – Em Defesa da Engenharia
Nacional”, cuja segunda edição deverá estar pronta, se não
houver qualquer contratempo, até o final deste mês de junho. Mas é
este o meu maior propósito na atualidade, pois neste
livro há muitas discussões e ensinamentos sobre as questões
hidrológicas, sismograficas, ambientais, sociais e políticas
que envolvem uma obra desta magnitude numa região seca como a nossa.
Atenciosamente,
Cássio
Date:
Tue, 5 Jul 2016 18:50:15 -0300
Subject: A Transposição do São Francisco e o golper
To: ramaral@ramar
CC: borgescassio@hotmail.com
A Transposição do São Francisco e o golpe
Num novo caso de corrupção e num assassinato suspeito misturam-se políticos do novo e antigo governo. Mídia cala-se. Crescem sinais de que obra nunca deveria ter sido realizada -- como argumentaram movimentos sociais. Por Roberto Malvezzi ("Gogó") (Blog da Redação)
Subject: A Transposição do São Francisco e o golper
To: ramaral@ramar
CC: borgescassio@hotmail.com
A Transposição do São Francisco e o golpe
Num novo caso de corrupção e num assassinato suspeito misturam-se políticos do novo e antigo governo. Mídia cala-se. Crescem sinais de que obra nunca deveria ter sido realizada -- como argumentaram movimentos sociais. Por Roberto Malvezzi ("Gogó") (Blog da Redação)
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