"Um grupo português vai marcar, depois de amanhã, o encerramento da temporada 2009 do projeto Quarta da Cultura no Centro, do Instituto CDL de Cultura e Responsabilidade Social. No palco do Espaço Cultural da CDL, José Bastos e Navegante mostra um trabalho que revela o gosto pela variedade musical das regiões de Portugal, somado à influência dos integrantes na área da música popular, clássica e jazz. O show começa às sete da noite, grátis.
A criação ou recriação de temas tradicionais, respeitando as raízes de um passado recente, sem esquecer o presente, é a principal característica do projeto Navegante. Com 16 anos de estrada e prestes a lançar o oitavo CD, previsto para dezembro de 2009, o grupo nasceu de um projeto pessoal de José Barros e funde-se com o currículo do seu líder e fundador. José Barros e Navegante é a sequência de um trabalho que vem desde a fundação do grupo Bago de Milho (1983/86 — quatro anos de existência e um disco), do grupo Romanças (seis anos e dois discos) e colaborações várias com outros grupos e projetos.
A ligação de José Barros aos instrumentos de corda, ao canto e à música tradicional portuguesa, através de grupos por ele fundados ou na produção musical de outros grupos desde 1983, dão a este projeto o enriquecimento e uma sonoridade que identifica a música portuguesa e o próprio grupo. Para isso, muito contribuiu a passagem de todos os músicos que, com José Barros, têm trabalhado neste projeto.
Apesar dos instrumentistas do grupo viverem na cidade com tudo o que os rodeiam de modernidade e urbanidade, a procura da alma da música portuguesa (ou o que isso poderá, ou não, significar) é uma busca que não acaba nunca e daí o seu interesse e fascínio. Os instrumentos tradicionais portugueses são prioridades no trabalho deste grupo, que pensa na sonoridade e potencialidades de cada um deles no processo de criação das composições e dos arranjos.
Viola braguesa, cavaquinho, bandolim, violino, acordeão ou concertina, flautas, gaitas-de-foles e percussões tradicionais portugueses têm todo o espaço na música a que se dedicam, mas sempre com a ligação a outros, como o piano ou sintetizadores, bateria, contrabaixo ou baixo elétrico.
O canto, talvez a forma mais imediata e espontânea das artes que o povo português expressa, tem um papel fundamental neste projeto. O canto modal, que a tradição portuguesa registra, é uma das preocupações de maior respeito pelo que de mais genuíno a tradição popular transmitiu ao longo dos tempos. A alegria, sempre tão ligada à música tradicional portuguesa, não tira espaço às composições de caráter religioso, às cantigas de trabalho, cantigas de amor ou de escárnio e outras, numa fusão de cores e sons, que são o próprio grupo, nas gravações ou espetáculos ao vivo.
Os integrantes: José Barros (voz, viola braguesa, viola campaniça, bandolim, cavaquinho, violas), Carlos SantaClara (violino), Abel Batista (bateria, percussão), Miguel Tapadas (piano, acordeão e violas) e Vasco Sousa (baixo elétrico e contrabaixo).
O projeto Quarta da Cultura no Centro é uma realização do Instituto CDL de Cultura e Responsabilidade Social e conta com apoio cultural do Governo Federal por meio do Ministério da Cultura, Governo do Estado do Ceará através da Secretaria da Cultura – Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Centro Cultural Banco do Nordeste, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Café Santa Clara."
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