"O tema é polêmico. Envolve questões técnicas, éticas e religiosas. O que representa um ponto final para uns significa recomeço para muitas vidas. É assim quando ocorre o diagnóstico de morte encefálica, quando o sangue deixa de circular no cérebro. O tempo entre esse diagnóstico, a decisão da família de doar os órgãos, e a captação é decisivo para que as doações sejam viabilizadas e os órgãos sejam transplantados. Mas é preciso cumprir uma série de testes para se confirmar o diagnóstico e passar total segurança à equipe médica e à família do paciente. Pensando nisso, a Sociedade Cearense de Neurologia e Neurocirurgia (Socenne) traz o tema para debate durante a realização do IV Congresso Cearense de Neurologia e Neurocirurgia, que será realizado de quarta (20) a sábado (22), no Hotel Vila Galé, em Fortaleza. O presidente da Socenne, Artur D`Almeida, falará sobre a prática médica no diagnostico enquanto o médico Gerson Zafalon, presidente da Câmara Técnica de Morte Encefálica do Conselho Federal de Medicina, falará sobre os aspectos éticos e jurídicos que envolvem o diagnóstico de morte encefálica. Durante o debate, os profissionais vão abordar as dificuldades enfrentadas hoje para se fazer um diagnóstico seguro de morte encefálica e qual a importância desse diagnóstico na captação de órgãos para transplantes. Outro ponto importante a ser discutido é o que fazer após o diagnóstico se a família não concorda em doar os órgãos. Os equipamentos devem ser desligados após confirmação da morte encefálica? Quem deve decidir isso?
Contatos: Assessoria de Comunicação - Socenne/Gilda Barroso (9925.5762) e Artur D'Almeida, presidente da Socenne (9921.9191).
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