O projeto Digitalização dos Manuscritos de José de Alencar, selecionado no programa Petrobras Cultural 2011, foi lançado, na Casa José de Alencar. O projeto abrange a digitalização de 29 documentos inéditos do acervo de obras do escritor, considerado o fundador do romance brasileiro, com temas regionalistas, indianistas e históricos.
Entre os manuscritos, destacam-se 13 cadernos com fragmentos de textos já publicados. É o caso do livro autobiográfico Como e por que sou romancista e do ensaio filosófico e antropológico chamado Antiguidade da América. Também serão digitalizados trechos do seu primeiro romance, Os contrabandistas, que não foi concluído pelo escritor. O processo de digitalização será feito com scanner de baixa luminosidade, apropriado para captação de imagens de documentos frágeis e de grande dificuldade de manipulação, como são os textos encadernados do escritor.
A iniciativa de criação de um acervo digital dos manuscritos inéditos, além de contribuir para preservação dos documentos, vai beneficiar pesquisadores e estudiosos. O material ficará disponível para consulta pública nos computadores da biblioteca da Casa de José de Alencar, a partir de maio de 2012.
Nascido no bairro Messejana, em Fortaleza, em 1° de maio de 1829, José de Alencar consagrou-se com obras como O guarani,Iracema e A viuvinha. Na política, foi eleito deputado-geral pelo Ceará por quatro legislaturas e foi ministro da Justiça, de 1868 a 1870. O autor morreu no Rio de Janeiro, vítima de tuberculose, em 12 de dezembro de 1877.
Com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, o projeto é realizado pela Casa de José de Alencar, (que fica no local onde o escritor morou durante nove anos) em parceria com o Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará e o Arquivo Histórico do Museu Histórico Nacional.
Evento
A abertura da solenidade incluiu palestra com o professor de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marcelo Peloggio. Especialista na obra de Alencar, ele falou sobre a importância do projeto e seus desdobramentos. A programação do evento contou ainda com uma exposição comemorativa do centenário (2010) da escritora Rachel de Queiroz, conterrânea e parente descendente do romancista (a avó de Raquel - Maria de Macedo Lima -, era prima-irmã do autor de Iracema). Rachel escreveu, entre outros, o romance O Quinze e Memorial de Maria Moura - que virou minissérie na TV Globo.
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