Considerado durante muitos anos um símbolo de elegância e glamour, o cigarro virou nas últimas duas décadas um dos maiores inimigos da saúde pública mundial. Isso porque as consequências do vício de fumar são devastadoras tanto para os homens quanto para as mulheres.
O tabaco provoca algumas doenças, grande parte delas relacionadas a problemas cardiovasculares, respiratórios e a cânceres, como os de pulmão, boca, laringe e esôfago. Vários estudos apontam ainda que o hábito de fumar também afeta a fertilidade. De acordo com estudos especializados, a fertilidade das mulheres fumantes pode diminuir em até 40% em relação às não fumantes.
A médica ginecologista Claruza Lavor explica que “as mulheres que fumam apresentam ciclos menstruais mais irregulares, além de poder ter a menopausa antecipada em até quatro anos, pois há uma redução da reserva ovariana”, afirma. Isso acontece porque a nicotina e as outras substâncias tóxicas presentes no cigarro são responsáveis por alteração na motilidade tubária e na qualidade do endométrio, levando a dificuldade para engravidar e aumentando as chances de abortamentos espontâneos.
Este problema não afeta unicamente as mulheres. Os homens também devem ficar atentos, pois os tabagistas podem apresentar análise seminal alterada, com diminuição da qualidade dos espermatozóides, tanto da motilidade como da morfologia.
Segundo a OMS e o Ministério da Saúde, entre 10 e 15% de mulheres adultas fumam no Brasil, um índice que é acompanhado pela capital cearense com 10% da população de adultos fumantes, segundo pesquisa. Com isso, Claruza Lavor reforça que os casais que pretendem engravidar devem abandonar o vício. Para quem tem o hábito e não consegue se livrar, a orientação é procurar um médico.
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