Faltou carangueiro nas barracas da Praia do Futuro neste Carnaval. Ponto de maior afluência de turistas e banhistas cearenses, a Praia do Futuro recebeu cerca de 400 mil visitantes no período. Este público consumiu todo estoque de mais de duas toneladas de caranguejo, que esteve até antes do Carnaval na primeira fase do defeso (época da andança, quando o crustáceo se reproduz).
A presidente da Associação dos Barraqueiros da Praia do Futuro, Fátima Queiroz, revelou que as últimas remessas que as barracas receberam foram no domingo do Carnaval e "não teve como controlar o estoque imposto pelo Instituto Brasileiro do Meio do Ambiente devido a grande procura pelo crustáceo. Não tínhamos mais carangueiro na tarde desta terça-feira".
Fátima Queiroz afirmou que o jeito foi oferecer aos visitantes outros pratos da culinária cearense como a carne de sol, baião de dois, peixe assado, peixe cozido e arrumadinho. O estoque deve se normalizar no próximo final de semana, quando os barraqueiros cearenses receberão nova carga de caranguejo, que em sua maioria vem de Parnaíba, no Piauí.
O defeso do caranguejo foi dividido este ano em quatro fases. O primeiro de 17 de janeiro e dois de fevereiro que teve repercussão no consumo de Carnaval. O segundo será de 25 de fevereiro a três de março. O terceiro de 27 de março a dois de abril. Já o quarto e último acontecerá de 25 de abril a primeiro de maio. Nestes períodos quem comercializa caranguejo é obrigado a declarar ao Ibama o estoque que mantém do crustáceo, que tem assim uma uma venda restrita a capacidade do estoque das barracas e restaurantes.
Comentários
Postar um comentário