Dados
divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal do Comércio (PMC)
demonstram que o volume de vendas no varejo brasileiro caiu 0,1% em
março na comparação com fevereiro, já descontados os efeitos sazonais.
Uma
das principais quedas foi apurada nas vendas de hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com baixa de 2,1%
no período, configurando o pior resultado desse setor desde fevereiro de
2008.
Para
o economista e professor do MBA de Gestão de Riscos da Trevisan Escola
de Negócios, Cláudio Gonçalves, este é um momento delicado, de um
equilíbrio em sintonia fina. “Em
situações de aumento de custo, é hora do empresário pesquisar e fazer
contas. É preciso ter muita cautela antes da decisão de reajustar seus
preços”, alerta.
“Antes
de repassar aumentos de custos para o consumidor, é necessário um
levantamento criterioso dos preços praticados no mercado pela
concorrência. Um aumento observer esse critério pode resultar em perda
de market share. Para os empresários, aumentar os preços ficou muito
mais difícil com o surgimento de novas tecnologias, internet,
ferramentas de busca, serviços de comparação de preços on-line. O
consumidor está mais atento e bem informado, o que é bom. Para as
empresas, por sua vez, é um desafio. Não se pode simplesmente repassar
ao consumidor final eventual aumento de custos, precisa
estar atento ao mercado e ao seu sistema de gestão. Pode ser que um
concorrente tenha gestão enxuta, politica de compra diferenciada e
consiga colocar o produto para o consumidor a um preço melhor. Cabe ao
empresário fazer essa análise para preservar as vendas e não acabar com
estoque encalhado”, analisa.
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