TIAGO ROGERO - Agência Estado
RIO - No que diz respeito à preparação para o volume de passageiros que vão chegar e circular pelos aeroportos brasileiros antes e durante a Copa do Mundo de 2014, o primeiro fim de semana da Copa das Confederações foi uma decepção para o governo federal. E, para piorar, as obras para o Mundial estão atrasadas. O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, admitiu nesta segunda-feira os atrasos e apontou a reforma do Aeroporto Internacional de Fortaleza como a mais preocupante.
Nilton Fukuda/Estadão
Filas no aeroporto de Brasília neste domingo
"Havia uma grande expectativa que se gerou muito excitada. Quando vieram os números da Fifa de venda de ingressos, já deu para prever que a movimentação não seria tão grande quanto se previa do ponto de vista da mobilidade", afirmou Moreira Franco, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no Forte de Copacabana, no Rio. Segundo a Fifa, entre 70% e 80% dos ingressos para a Copa das Confederações, em média, foram vendidos para moradores das seis cidades-sede ou respectivas regiões metropolitanas.
"A pressão sobre o sistema (dos aeroportos) não corresponde à expectativa gerada", avaliou o ministro. Ele espera que a Jornada Mundial da Juventude, em julho, seja finalmente um grande teste para a Copa do Mundo de 2014, pelo menos no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio. "Aí sim, vamos ter condições de ter uma pressão pontual que vai dar uma experiência grande."
Segundo o secretário de aeroportos do ministério, Juliano Noman, a taxa de atrasos em todos os aeroportos brasileiros no sábado, primeiro dia da Copa das Confederações, foi de 8,5%. "Número dentro da nossa meta, que é de no máximo 10%", explicou. No aeroporto de Brasília, cidade onde Brasil e Japão se enfrentaram, 10% dos voos atrasaram. No domingo, a taxa de atrasos em todo o País foi de 4,5%. O Rio, onde Itália e México jogaram, teve 5%. E no Recife, palco de Espanha x Uruguai, teve 6,5%.
De acordo com Noman, não houve aumento significativo no número de passageiros. "Tudo dentro da normalidade. Na sexta-feira, véspera do jogo do Brasil, a movimentação no aeroporto de Brasília foi de 42 mil passageiros. A média é de 40 mil. No sábado e no domingo, também houve um pequeno incremento, mas dentro do fluxo normal", revelou.
COPA DO MUNDO
O ministro da Aviação Civil reconheceu atraso nas obras para o Mundial. "Já visitei quase todos os aeroportos, faltam somente Curitiba e Manaus, e constato que em vários deles temos um atraso de obra", afirmou Moreira Franco. Segundo ele, um problema "grave" no Galeão (a reforma vai custar R$ 674 milhões) foi solucionado: a elaboração dos projetos executivos. "Tenho dito que em relação aos aeroportos da Copa eu não tenho um plano B, só A. O calendário está definido e eles precisam estar em condições de operar para atender à demanda que teremos."
O ministro da Aviação Civil reconheceu atraso nas obras para o Mundial. "Já visitei quase todos os aeroportos, faltam somente Curitiba e Manaus, e constato que em vários deles temos um atraso de obra", afirmou Moreira Franco. Segundo ele, um problema "grave" no Galeão (a reforma vai custar R$ 674 milhões) foi solucionado: a elaboração dos projetos executivos. "Tenho dito que em relação aos aeroportos da Copa eu não tenho um plano B, só A. O calendário está definido e eles precisam estar em condições de operar para atender à demanda que teremos."
O mesmo problema, entretanto, está sendo enfrentado agora no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, cuja reforma (ao custo de R$ 337 milhões) está sendo feita pelo mesmo consórcio do Galeão. "Os projetos executivos não têm qualidade. Precisamos resolver esse problema para as obras ''andarem'' com maior rapidez", explicou o ministro. Segundo ele, o ritmo da reforma no terminal cearense está "muito baixo". "Mas já estamos reunidos com o consórcio para que os problemas possam ser resolvidos", avisou.
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