O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai investir pesado no mercado de capitais em 2014. O anúncio foi feito pelo chefe do Departamento de Transporte e Logística do BNDES, Cleverson Aroeira da Silva, nesta terça-feira (28), em Fortaleza, ao participar do seminário "Portos - Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento do Nordeste".
"O BNDES tem entre suas metas estimular o mercado de capitais. E uma das formas da gente fazer isso é o efeito multiplicador do investimento do BNDES. Todos projetos que a gente apoia, financiando com recursos de Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP), a gente estimula que os investidores emitam debêntures para que essas debêntures sejam depois levadas para o mercado de capitais e permitam que outros investidores participem do financiamento do projeto juntamente com o BNDES", frisou Cleverson.
Em 2013, essa meta já alcançou algum efeito, segundo Cleverson Aroeira: "Em 2013 a gente já teve alguns projetos com debêntures nas áreas de energia, de rodovias, de aeroportos e a gente pretende colocar isso dai dentro dos próximos projetos que o BNDES for financiar".
Com os debêntures a serem captados, o Porto do Pecém, no Ceará, receberá do banco mais de 600 milhões de reais. "Tudo isso está em fase de contratação. Este dinheiro é um investimento para segunda fase do terminal de multiuso e ainda tem um investimento em plano para o terminal siderúrgico. A gente vê o Pecém como um ativo de fato estratégico", informou Cleverson Aroeira.
Ele citou que as rodovias começaram a melhorar em 1997; os aeroportos, que tiveram o auge do caos em 2011, já estão em regime de concessões; e que os portos são a bola da vez em 2014. Criticou os portos de Santos (SP) e do Rio (RJ). "Para entrar de trem no porto de Santos tem que passar por dentro de uma comunidade, o que é um risco muito grande. O Porto do Rio é uma faixa muita pequena e agora está tendo que se remexer para arranjar espaço". Mas elogiou os portos do Nordeste: "os portos de Pecém, Suape, Aratu e Itaqui cresceram acima da média nacional e tem demanda chegando e eles com folga têm condições para atender essa demanda. Os portos do Nordeste têm feito o dever de casa".
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