O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) mandou recado a presidente Dilma Rousseff (PT) através do seu secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Stefanni Monteiro. Ao apresentar a palestra "Suape - Base para Expansão da Indústria", no seminário Portos - Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento do Nordeste, em Fortaleza, Monteiro denunciou que o Porto do Suape ainda não cresceu mais porque Brasília não deixa. "Com o marco regulatório dos portos aprovado em 2013 a possibilidade de delegação das licitações dos terminais para os estados. No entanto o Governo Federal até o presente momento não exerceu essa faculdade, concentrando ainda todas as suas licitações de portos público em Brasília. Houve problemas com o Tribunal de Contas da União o que atrasou todas essas licitações", declarou Monteiro.
O secretário pernambucano dá um crédito de confiança a Dilma: "aguardamos a possibilidade de uma solução possível que seria a transferência para os estados como era feito até antes do marco regulatório entrar em vigor".
Monteiro diz que isso está atrasando a construção de dois terminais em Suape. "São dois terminais que já poderiam ter sido licitados. Um é um segundo terminal de conteiners, que teve seu estudo aprovado nos termos do marco regulatório anterior em setembro de 2012. Então desde lá com a entrada em vigor do novo marco nós não conseguimos capturar esses investimentos, atrasando não só o Porto, mas a logística brasileira. Porque Suape é um dos portos importantes da logística brasileira, onde em 2013 batemos o recorde de 12,8 milhões de toneladas de carga".
Já o secretário de Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correa, tem outra reclamação. Ele e o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT) defendem a privatização do Porto de Aratu, o que o Governo Federal não concorda. "Se dependesse de minha vontade e com certeza da vontade do governador nós retomaríamos o projeto de privatização, de concessão integral do Porto de Aratu. E não a licitação de arrendamento de terminais de Aratu. Essa é nossa solução associada a um plano de investimento, que já foi feito, inclusive, sendo todo autorizado na ordem de dois bilhões de reais para modernização de Aratu. Mas o governador não conseguiu executar, porque a legislação foi aprovada no ano passado e o governo dele encerra nesse de 2014".
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