O Copom parece não ter dimensionado bem o momento vivido pela economia doméstica ao elevar os juros básicos. Diante dos comportamentos recentes da atividade econômica, das contas públicas e dos índices de preços, o Banco Central preferiu não reconhecer a limitação do arrocho monetário como estratégia de controle da inflação a todo custo. Mesmo porque a alta dos juros já cumpriu seu papel na ponta. A parcela de brasileiros com algum tipo de financiamento caiu de 45,3%, em agosto de 2013, para 36,0% em igual mês deste ano, segundo pesquisa Fecomércio RJ/Ipsos.
Com 70% da dívida do país atrelados à Selic, elevações dos juros já observadas, além de terem inibido o consumo das famílias, o giro das empresas e investimentos em geral, ainda impactaram a condição das contas públicas. O aumento da Selic prejudica, portanto, o reaquecimento da economia e a saúde das finanças públicas.
No último fim de semana, o Brasil virou mais uma página de 2014. Depois da Copa do Mundo, foi a vez das Eleições. Neste ambiente, uma agenda estrutural e ampla se desenha. Hora de entender as raízes dos desafios em jogo e avançar em reformas, como a tributária, em detrimento de ações pontuais, limitadas no tempo e em sua abrangência, por um círculo virtuoso de desenvolvimento no Brasil.
Fecomercio-RJ
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