Em um momento histórico em que os jovens assumem o protagonismo em várias lutas dos movimentos sociais, duas organizações do Ceará terão projetos apoiados por meio do edital “Juntos/as contra a violência que mata a juventude brasileira”, do Fundo Brasil de Direitos Humanos. Cada instituição selecionada receberá até R$ 40 mil e terá o prazo máximo de um ano para executar seus projetos.
Uma delas é a Comissão Nacional de Juventude Indígena - CNJI - Região Nordeste com o projeto “Na defesa do direito à vida e contra a violência sofrida pela juventude indígena do Ceará”. O projeto proposto visa mobilizar e capacitar a juventude indígena da região sobre as violações dos direitos indígenas, abordando a conjuntura atual que os povos enfrentam nesses últimos anos. São retrocessos impulsionados pelo Congresso Nacional, que no decorrer dos anos tentam a aprovação de PEC – Projeto de Emenda à Constituição para abolir direitos já garantidos pela Constituição Federal de 1988.
A outra organização cearense é o Comitê Cearense pela Desmilitarização da Polícia e da Política, com o projeto “Polícia para quem? Desmilitarização da segurança pública frente ao extermínio da juventude pobre e negra”. O comitê promoverá ações que dialoguem com as demandas de diversos sujeitos sociais que residem em áreas onde o militarismo se faz mais letal e violador de direitos, com atenção e foco aos considerados "indignos de vida" da política de segurança: jovens, negros e pobres das periferias. Em 2014, o grupo realizou o projeto "Desmilitarização da polícia e da política", também com o apoio do Fundo Brasil.
O edital “Juntos/as contra a violência que mata a juventude brasileira”, do Fundo Brasil, está apoiando 15 projetos em dez estados brasileiros que tenham como foco a juventude no enfrentamento à violência, principalmente a juventude negra. As doações deste Edital somam R$ 560 mil.
A diversidade regional foi um dos critérios adotados na seleção. Os projetos chegaram de todas as regiões do país e passaram por um amplo e rigoroso processo, que incluiu comitê formado por especialistas sem qualquer laço com a fundação.
O comitê de seleção foi formado pela advogada Valdênia Paulino, do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Sapopemba, em São Paulo; o jornalista Itamar Silva, do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), no Rio de Janeiro; e o economista José Carlos Zanetti, da Cese, na Bahia.
Também foram critérios considerados importantes para a seleção a adequação ao foco do edital; o impacto social; o potencial efeito multiplicador; a criatividade; o caráter inovador; a consistência da proposta; a conexão com redes, fóruns, articulações locais, regionais ou nacionais; a existência de vínculos com as comunidades e a capacidade para desenvolver o projeto, entre outros.
Fundo Brasil
O Fundo Brasil trabalha para promover os direitos humanos e sensibilizar a sociedade para que apoie iniciativas capazes de gerar novos caminhos e mudanças significativas para o país.
A fundação disponibiliza recursos para o apoio institucional e para atividades de organizações da sociedade civil e de defensores de direitos humanos em todo o território nacional.
Em quase dez anos de atuação, já destinou R$ 11,7 milhões a cerca de 300 projetos em todas as regiões do país.
Além da doação de recursos, os projetos selecionados são apoiados por meio de atividades de formação e visitas de monitoramento.
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