Que o Ceará atravesse cinco anos seguidos de seca todos estão sabendo. Mas um açude 'sangrar" (transbordar) e "secar" da noite para o dia é novidade. Isso aconteceu na semana passada com o açude Tijuquinha, em Baturité, município localizado em uma região serrana do Ceará. O volume de 881
mil metros cúbicos do Tijuquinha foi ultrapassado com as últimas chuvas caídas no Estado. Mas na sexta-feira passada (17), o açude de Baturité "secou".
Em nota a Companha de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) informou que o Tijuquinha secou porque "foi feita uma operação de desassoreamento do açude com a finalidade de melhorar a qualidade de água que estava acumulada". Os técnicos da Cogerh agora apostam em novas chuvas para o açude readquirir água.
Segundo a Cogerh, o desassoreamento do açude foi pedido pela Prefeitura de Baturité. A nota esclarece que a ação foi feita com a liberação de toda água acumulada por descarga de fundo com o objetivo de "melhorar a qualidade da água e para retirada do máximo possível de lama".
A água do açude foi transportada para o rio que leva o mesmo nome: Tijuquinha. O rio segue até a cidade vizinha de Aracoiaba, onde os sedimentos levados acabaram decantando até chegar limpa no açude Aracoiaba, outro reservatório destino do Tijuquinha.
O prefeito de Baturité, Assis Arruda (PDT) confirmou o pedido de limpeza do açude à Cogerh. Ele constatou que com o açude cheio o risco para a população era de consumir água suja. "Quando escoamos o açude foi exalado um cheiro horrível", disse.
Hoje (21), o Tijuquinha está com 18,59% de acumulo de água.
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