O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, recuou 1,2 ponto, em maio, para 99,3 pontos. O segundo mês de relativa estabilidade ocorre após três fortes altas no primeiro trimestre, quando o indicador avançara 10,5 pontos em termos acumulados. A dinâmica favorável dos meses anteriores afasta por ora a hipótese de reversão da tendência de melhora gradual das condições, ainda precárias, do mercado de trabalho.
“O recuo do IAEmp pode refletir alguma perda de confiança quanto à recuperação da economia brasileira ao longo dos próximos meses devido ao aumento da incerteza (principalmente política).”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, Economista da FGV/IBRE.
Mais informações sobre os resultados abaixo. Dados completos no Portal IBRE, no link: goo.gl/sDd4Wc.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou suave queda ao variar -0,1 ponto em relação ao mês anterior, para 97,3 pontos, mantendo o movimento descendente do indicador em médias móveis trimestrais.
“Os dados do ICD e do IAEmp estão alinhados com os atuais eventos da economia brasileira. O pequeno recuo do ICD cristaliza as quedas sucessivas dos meses anteriores, mostrando a melhora das perspectivas de redução da taxa de desemprego. No entanto, o aumento da incerteza pode reverter este quadro”, observa Fernando de Holanda Barbosa Filho.
Destaques do IAEmp e ICD
Os componentes que mais contribuíram negativamente para a queda do IAEmp foram os indicadores que medem o grau de satisfação com a situação dos negócios no momento atual e o otimismo para os próximos seis meses, ambos da Sondagem da Indústria, com variações de -4,3 e -3,6 pontos, respectivamente.
Em relação ao ICD, a classe do consumidor que mais contribuiu para a queda do indicador foi o grupo dos consumidores que auferem renda mensal familiar entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00, cujo Indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) recuou 2,5 pontos.
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