A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), através de proposta da vereadora Larisssa Gaspar (PPL), aprovada por unanimidade dos vereadores, presta, nesta noite, homenagem aos 92 anos de fundação da Associação Cearense de Imprensa (ACI).
Em sessão solene, no auditório Ademar Arruda, recebem certificado pelos 92 anos da ACI, o radialista Narcélio Limaverde (63 anosa de Rádio) e a jornalista Wânia Dummar (foi noticiarista de O Povo).
Também são homenageados in memorian os jornalistas Ivonete Maia (ex-presidente da ACI) e Italo Vasconcelos (ex-diagramador de O Povo).
Perfis dos homenageados:
Wânia Dummar: Nascida em Fortaleza, é graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ingressou no grupo O Povo ainda como estudante universitária a convite do editor J.C. Alencar de Araripe. Atuou como repórter, noticiarista e editora. Integrou também a equipe que desenvolveu a criação do segundo caderno do jornal, hoje conhecido como Vida & Arte. Wânia Dummar é viúva do empresário e jornalista Demócrito Rocha Dummar, ex-diretor-presidente do Grupo de Comunicação O Povo. Hoje faz parte do Conselho Editorial do jornal.
Narcélio Limaverde: Com 63 anos dedicados ao rádio, atuou inicialmente na Ceará Rádio Clube, em 1º de fevereiro de 1954. Além do Rádio, Narcélio Limaverde também tem paixão pela Literatura. Ele é autor das obras “Senhoras e Senhores”, “Fortaleza, história e estórias – Memória de uma cidade” e “Fortaleza Antiga”. Na política, Narcélio foi o deputado estadual mais votado nas eleições de 1986. Aos 85 anos, Narcélio Limaverde é ouvido nas manhãs de segunda-feira a sexta-feira, na FM Assembleia (96,7 Mhz), no programa que debate tudo o que ocorre no Ceará, na política, na economia e no dia a dia das cidades.
Ivonete Maia: Nasceu em Jaguaruana. Ivonete formou-se em Letras (Faculdade Católica de Filosofia) e em Jornalismo (na 1ª turma do curso da Universidade Federal do Ceará, de 1969). Trabalhou nos jornais O Nordeste, Gazeta de Notícias e O Povo e nas rádios Assunção e Verdes Mares. Foi professora do Curso de Comunicação Social da UFC e ocupou cargos de gestão também na Rádio Universitária e nas Edições UFC. Foi a primeira mulher a presidir um Sindicato de Jornalistas no Brasil, o do Ceará (1981-1986), e a assumir a presidência da Associação Cearense de Imprensa (1989-1992 e 2008-2012). Ivonete Maia faleceu em 2012, aos 73 anos de idade.
Ítalo Araújo Vasconcelos: Membro da diretoria da Associação Cearense de Imprensa (mandato 2013-2016), trabalhou no jornal O Povo por mais de 40 anos. Passou pelo parque gráfico e atuou como diagramador do jornal, cativando muitos amigos nesse caminho. Em sua trajetória, atuou efetivamente militando na ACI e no Sindicato dos Jornalistas do Ceará, demonstrando assim seu comprometimento com as questões relativas ao cotidiano dos profissionais da imprensa. Faleceu em 11 de junho de 2017, aos 60 anos de idade.
Breve História da ACI - A Associação Cearense de Imprensa (ACI) foi fundada em Fortaleza a 14 de julho de 1925 com o nome de Associação dos Jornalistas Cearenses. A mudança para o nome atual se deu quando surgiu o interesse em filiá-la à Associação Brasileira de Imprensa, cujo Regulamento previa o ajuste da denominação. Muitos foram os que assinaram a Ata da primeira reunião, e entre os componentes da primeira Diretoria se incluíam os seis fundadores: César Magalhães, Tancredo Moraes, Joaquim Genu, Sá Leitão Júnior, Juarez Castelo Branco e Luiz Sucupira. As reuniões iniciais dos associados aconteciam na residência dos fundadores. Somente na década seguinte é que passaram a ser realizadas no Palacete do Clube Iracema, à Rua Guilherme Rocha; no Palace Hotel, à Rua Major Facundo; na Casa Juvenal Galeno, à Rua General Sampaio; e no Excelsior Hotel, também na Rua Guilherme Rocha.
Nessa década de 1930, a ACI já priorizava entre suas atividades a aquisição ou construção de sede própria, que veio a ser localizada na Rua Senador Pompeu,1098, onde se concentravam os principais jornais da capital cearense. Nos anos 1950 foi erguido prédio na Rua Floriano Peixoto, 735, onde a ACI se encontra ainda hoje. Uma das características da entidade era congregar tanto os jornalistas como os proprietários dos meios de comunicação, seguindo o modelo da ABI.
Na ausência de uma Associação Profissional de Jornalistas - que somente viria a ser fundada em 1951 - coube à ACI, durante mais de duas décadas, mediar os diálogos de classe e contribuir para o entendimento entre veículos e profissionais mantendo o espírito suprapartidário e ecumênico. Muitas foram as associações e órgãos abrigados pela ACI. Além do Sindicato de Jornalistas, a entidade sediou o primeiro Curso de Jornalismo, o Curso de Biblioteconomia, a Associação Cearense de Jornalistas do Interior, o Clube de Cinema de Fortaleza, entre outros.
Aos associados ofereceu plano de pecúlio, atendimento médico, odontológico e jurídico, biblioteca, hemeroteca, além do lazer em duas Colônias de Férias no litoral. Empenhou-se na defesa dos direitos de expressão demonstrando participação ativa em momentos cruciais da história do Brasil e do Ceará.
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