As exportações cearenses em dezembro de 2017 atingiram a cifra de US$ 231,4 milhões (recorde para um mês), apresentando crescimento de 45,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. É o que indica estudo Ceará Em Comex divulgado hoje pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).
No comparativo com novembro de 2017, quando fora exportado US$ 217,1 milhões, o desempenho cearense é 6,6% superior. Trata-se do quarto mês consecutivo em que as vendas externas do Ceará registram incremento.
Do lado das importações, dezembro apresentou queda de 18,6% em relação a novembro, totalizando US$ 135,4 milhões. Ao comparar com o mesmo período de 2016, o decréscimo foi de 16,7%. Na contramão do que vem ocorrendo com as exportações, as compras do exterior vêm registrando queda ao longo dos últimos meses. Trata-se do terceiro declínio consecutivo.
Observando o comportamento da balança comercial do Estado em 2017, as vendas externas cearenses ultrapassaram pela primeira vez na história, a marca de US$ 2 bilhões - alta de 62,5% quando comparado com 2016.
Por sua vez, as importações atingiram US$ 2,2 bilhões, representando uma queda de 35,7% em relação ao ano anterior. Como resultado final de tais trocas comerciais, a balança cearense fechou o ano com saldo negativo de US$ 140,5 milhões. Apesar de negativo, o valor representa uma redução do déficit em 93,6% em relação a 2016.
No tocante à balança comercial do Nordeste, a participação das exportações cearenses no acumulado do ano foi de 12,54% (acima dos 10,10% registrado em 2016) e acima dos 11,55% das importações. Trata-se de um comportamento inédito em relação aos últimos 5 anos do período em análise.
Em relação à participação na balança comercial brasileira, as vendas externas do Estado apresentaram alta, de 0,70% para 0,97%. Novamente, trata-se de um desempenho histórico. Em contrapartida, a participação das compras do exterior regrediu de 2,54% para 1,49%.
O Ceará posicionou-se na décima quarta colocação no ranking dos estados exportadores brasileiros em 2017. Em termos de crescimento, o Estado registrou a quarta maior alta percentual no país com 62,5%, bem acima da média nacional, de 17,5%. No que tange aos dez principais municípios exportadores do Ceará, seis apresentaram queda nas vendas externas sobre o ano anterior. Vale o destaque para São Gonçalo do Amarante, que lidera a lista com US$ 1,1 bilhão (aumento de 362,8%), representando mais da metade da pauta exportadora do Estado.
As exportações da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) impactam diretamente no resultado positivo do referido município. Sobral ultrapassou Fortaleza e vem em segundo no ranking, exportando US$ 177,7 milhões.
Cascavel, Caucaia, Eusébio, Icapuí e Uruburetama apresentaram expressivas retrações nas vendas externas. Examinando o ranking dos principais setores exportadores do Ceará, “ferro fundido, ferro e aço” segue liderando a lista, com mais de US$ 1 bilhão, graças ao expressivo aumento de 465,3%. Novamente constata-se a importância da CSP no perfil das exportações cearenses.
O desempenho das exportações do Estado só não foram melhores, em virtude das quedas de 61,2% das “Máquinas, aparelhos e materiais elétricos”; de 24,4% dos “fios e tecidos de algodão”; de 18,7% das “frutas (incluindo a castanha de caju)”; e de 15,8% das “peles e couros”.
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