O Monitor do PIB FGV aponta, na série com ajuste sazonal, retração de 1,5% da atividade econômica no mês de maio, em comparação ao mês de abril e retração de 1,0% no trimestre móvel findo em maio, em comparação ao de fevereiro. Na comparação interanual, a atividade econômica retraiu 1,8% no mês de maio e cresceu 0,5% no trimestre móvel findo em maio.
"Na comparação contra o mesmo mês do ano anterior, no mês de maio, a economia sofreu forte queda (-1,8%) derivada dos efeitos da greve dos caminhoneiros ocorrida nos dez últimos dias do mês. Esse efeito foi mais forte nas atividades industriais de transformação (-9,1%), interrompendo a trajetória ascendente de dez meses consecutivos; e construção (-4,5%). Na atividade de serviços, os setores mais atingidos foram transportes (-14,6%) e comércio (-4,4%). O resultado na margem, em maio, foi na mesma direção negativa do resultado interanual (-1,5%), destacando-se na atividade industrial os setores de transformação (-11,3%) e construção (-4,4%). Na atividade de serviços, destacam-se os setores de transportes (-14,5%) e de comércio (-3,9%). Pela ótica da demanda, tanto em comparações interanuais como nas comparações marginais, as quedas foram mais acentuadas nas atividades de consumo das famílias (-0,3% AsA, -0,8% MsM) e na formação bruta de capital fixo (-7,8% AsA, -11,7% MsM)," afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
1)Na comparação interanual, a atividade econômica retraiu 1,8% em maio, influenciada pela queda em todos as principais atividades econômicas: agropecuária (-2,7%), indústria (-5,7%) e serviços (-0,5%). Pressionando para a tendência de queda na indústria, destacam-se as atividades de transformação (-9,1%) e de construção (-4,5%); e na atividade de serviços, destacam-se as atividades de comércio (-4,4%) e transportes (-14,6%).

2)O consumo das famílias apresentou crescimento de 2,2% no trimestre móvel findo em maio, na comparação interanual, após ter crescido 3,1% no trimestre móvel findo em abril. Este comportamento tem forte influência da greve que afetou principalmente o consumo de produtos duráveis: a taxa trimestral interanual que era de 17,2% em abril foi para 8,6% em maio.

3)A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 1,7% no trimestre findo em maio, na comparação interanual, enquanto que havia sido 6,0% no trimestre móvel findo em abril. Esta redução do crescimento foi fortemente influenciada pela ampliação da taxa negativa da construção civil (-0,6% em abril para -3,2% em maio) e pela desaceleração da taxa de crescimento de máquinas e equipamentos (de 18,6% em abril para 11,1% em maio).

4)A taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 16,5% no trimestre móvel findo em maio.

5)A exportação retraiu 2,6% no trimestre móvel findo em maio, na comparação interanual. Por sua vez, a importação continuou apresentando crescimento de 7,2% no trimestre. Neste Monitor do PIB-FGV, não foram calculadas as informações desagregadas de exportação e importação devido a uma ampla revisão que está sendo feita nos dados do comércio exterior. Essas informações serão disponibilizadas a partir da divulgação do próximo Monitor do PIB com informações de junho.
6)Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou a cifra de aproximadamente 2 trilhões, 859 bilhões, 432 milhões de Reais no acumulado do ano até maio.
APÊNDICE – NOTA EXPLICATIVA
O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE (Tabelas de Recursos e Usos, até 2015, último ano de divulgação) bem como as informações do PIB-Tri do IBGE, até o último trimestre divulgado (primeiro trimestre de 2018).
O indicador é ajustado ao PIB-Tri do IBGE sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, do PIB-Tri do IBGE. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais.
Assim, as estimativas do Monitor do PIB-FGV antecedem o PIB-Tri do IBGE nos meses em que este é divulgado. E, nos meses em que não há divulgação, o Monitor representa uma excelente antecipação para as tendências do PIB e seus componentes.
O Monitor do PIB-FGV compõe-se de um relatório descrevendo os principais resultados com ilustrações gráficas e de uma tabela Excel com informações de volume, em valores correntes, e a preços de 1995 das 12 atividades econômicas que agrupadas formam os 3 setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Apresenta, ainda, o Valor Adicionado a preços básicos, os impostos sobre os produtos e o PIB e também os componentes do PIB pela ótica da demanda. Outro ponto a ser destacado é que o Monitor torna disponíveis desagregações que não são divulgadas pelo IBGE, mas que são relevantes para um melhor entendimento da absorção doméstica e da demanda externa. As desagregações disponibilizadas pelo Monitor são:
Consumo das Famílias: bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. Adicionalmente eles são classificados em nacionais e importados;
Formação Bruta de Capital Fixo: em máquinas e equipamentos, construção e outros. Para máquinas e equipamentos e outros, há a desagregação entre nacionais e importados;
Exportações e Importações: em produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral, produtos industrializados de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis), produtos industrializados de uso intermediário, bens de capitais e serviços.
São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior, e os valores nominais correntes e a preços de 1995.
"Na comparação contra o mesmo mês do ano anterior, no mês de maio, a economia sofreu forte queda (-1,8%) derivada dos efeitos da greve dos caminhoneiros ocorrida nos dez últimos dias do mês. Esse efeito foi mais forte nas atividades industriais de transformação (-9,1%), interrompendo a trajetória ascendente de dez meses consecutivos; e construção (-4,5%). Na atividade de serviços, os setores mais atingidos foram transportes (-14,6%) e comércio (-4,4%). O resultado na margem, em maio, foi na mesma direção negativa do resultado interanual (-1,5%), destacando-se na atividade industrial os setores de transformação (-11,3%) e construção (-4,4%). Na atividade de serviços, destacam-se os setores de transportes (-14,5%) e de comércio (-3,9%). Pela ótica da demanda, tanto em comparações interanuais como nas comparações marginais, as quedas foram mais acentuadas nas atividades de consumo das famílias (-0,3% AsA, -0,8% MsM) e na formação bruta de capital fixo (-7,8% AsA, -11,7% MsM)," afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
1)Na comparação interanual, a atividade econômica retraiu 1,8% em maio, influenciada pela queda em todos as principais atividades econômicas: agropecuária (-2,7%), indústria (-5,7%) e serviços (-0,5%). Pressionando para a tendência de queda na indústria, destacam-se as atividades de transformação (-9,1%) e de construção (-4,5%); e na atividade de serviços, destacam-se as atividades de comércio (-4,4%) e transportes (-14,6%).
2)O consumo das famílias apresentou crescimento de 2,2% no trimestre móvel findo em maio, na comparação interanual, após ter crescido 3,1% no trimestre móvel findo em abril. Este comportamento tem forte influência da greve que afetou principalmente o consumo de produtos duráveis: a taxa trimestral interanual que era de 17,2% em abril foi para 8,6% em maio.
3)A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 1,7% no trimestre findo em maio, na comparação interanual, enquanto que havia sido 6,0% no trimestre móvel findo em abril. Esta redução do crescimento foi fortemente influenciada pela ampliação da taxa negativa da construção civil (-0,6% em abril para -3,2% em maio) e pela desaceleração da taxa de crescimento de máquinas e equipamentos (de 18,6% em abril para 11,1% em maio).
4)A taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 16,5% no trimestre móvel findo em maio.
5)A exportação retraiu 2,6% no trimestre móvel findo em maio, na comparação interanual. Por sua vez, a importação continuou apresentando crescimento de 7,2% no trimestre. Neste Monitor do PIB-FGV, não foram calculadas as informações desagregadas de exportação e importação devido a uma ampla revisão que está sendo feita nos dados do comércio exterior. Essas informações serão disponibilizadas a partir da divulgação do próximo Monitor do PIB com informações de junho.
6)Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou a cifra de aproximadamente 2 trilhões, 859 bilhões, 432 milhões de Reais no acumulado do ano até maio.
APÊNDICE – NOTA EXPLICATIVA
O Monitor do PIB-FGV estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE. Sua série inicia-se em 2000 e incorpora todas as informações disponíveis das Contas Nacionais do IBGE (Tabelas de Recursos e Usos, até 2015, último ano de divulgação) bem como as informações do PIB-Tri do IBGE, até o último trimestre divulgado (primeiro trimestre de 2018).
O indicador é ajustado ao PIB-Tri do IBGE sempre que há mudanças metodológicas e a cada trimestre divulgado. Ou seja, nos trimestres calendários, as médias trimestrais dos índices de volume do Monitor do PIB-FGV serão iguais aos indicadores trimestrais, sem ajuste sazonal, do PIB-Tri do IBGE. Nos trimestres calendário, são utilizados os mesmos modelos do IBGE para calcular todas as séries desagregadas com ajuste sazonal, tanto pela ótica da oferta, como da demanda. Para o ajuste sazonal mensal é utilizado o modelo mensal do IBC-Br; para os trimestres móveis utiliza-se uma média desses ajustes mensais.
Assim, as estimativas do Monitor do PIB-FGV antecedem o PIB-Tri do IBGE nos meses em que este é divulgado. E, nos meses em que não há divulgação, o Monitor representa uma excelente antecipação para as tendências do PIB e seus componentes.
O Monitor do PIB-FGV compõe-se de um relatório descrevendo os principais resultados com ilustrações gráficas e de uma tabela Excel com informações de volume, em valores correntes, e a preços de 1995 das 12 atividades econômicas que agrupadas formam os 3 setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Apresenta, ainda, o Valor Adicionado a preços básicos, os impostos sobre os produtos e o PIB e também os componentes do PIB pela ótica da demanda. Outro ponto a ser destacado é que o Monitor torna disponíveis desagregações que não são divulgadas pelo IBGE, mas que são relevantes para um melhor entendimento da absorção doméstica e da demanda externa. As desagregações disponibilizadas pelo Monitor são:
Consumo das Famílias: bens de consumo duráveis, semiduráveis, não duráveis e serviços. Adicionalmente eles são classificados em nacionais e importados;
Formação Bruta de Capital Fixo: em máquinas e equipamentos, construção e outros. Para máquinas e equipamentos e outros, há a desagregação entre nacionais e importados;
Exportações e Importações: em produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral, produtos industrializados de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis), produtos industrializados de uso intermediário, bens de capitais e serviços.
São divulgadas as séries de base móvel, séries encadeadas, séries encadeadas dessazonalizadas, as taxas mensais, trimestrais e anuais comparadas a igual período do ano anterior e as taxas mensais e trimestrais comparadas a período imediatamente anterior, e os valores nominais correntes e a preços de 1995.
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