Passado o ápice da discussão sobre a prisão do ex-presidente Lula, o debate eleitoral centrou-se na disputa por apoio político, uma vez que o prazo para registro das candidaturas (15 de agosto) se aproxima do fim, como mostra nova edição do DAPP Report – A semana nas redes. Nos últimos sete dias, a indefinição acerca do nome que ocupará a Vice-Presidência em um possível governo de Jair Bolsonaro contribuiu para que a participação do deputado no debate crescesse, especialmente no Twitter, superando o volume de menções a Lula, mesmo diante da mobilização convocada por apoiadores do ex-presidente nos 100 dias de sua prisão.
Também no debate econômico, cresceu a presença de Ciro Gomes nas discussões por conta de suas recentes declarações sobre a sua proposta econômica de governo. Não houve, no entanto, destaque em nenhum tema específico, com a repercussão geral de diversos assuntos econômicos abordados pelo pré-candidato, como Reforma Trabalhista, ajuste fiscal e impostos. Contudo, observa-se que as declarações de Ciro com críticas à Reforma Trabalhista do governo Temer, tema que normalmente mobiliza os usuários, repercutem com mais apoio do que os demais assuntos econômicos.
O ex-presidente Lula permanece como nome mais citado na temática econômica, ainda que não seja o centro de uma discussão pontual sobre algum tema. O destaque permanece em função do vaivém sobre sua prisão, que estimulou o debate sobre o legado dos governos do PT.
Bolsonaro, por sua vez, apresentou um arrefecimento no volume de menções sobre economia, mas a declaração de Paulo Guedes, cotado para ministro da Fazenda em caso de vitória do deputado, de que manteria a equipe econômica provocou um pico de menções na sexta-feira (13). A fala repercutiu positivamente entre os apoiadores de Bolsonaro, que entenderam a posição do economista como um sinal de que o candidato não precisa ceder a alianças políticas.
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A desistência do senador Magno Malta (PR) de formar uma chapa com Bolsonaro e a recusa do PRP diante do convite do pré-candidato ao general Augusto Heleno mobilizaram menções especialmente negativas e irônicas. Também foram significativas as especulações sobre a capacidade de manutenção das intenções de voto no deputado sem alianças, devido ao pequeno espaço no horário eleitoral gratuito. A tentativa de formação de alianças, especialmente com os partidos do chamado Centrão, também se destacou entre as referências a Ciro Gomes. No entanto, o maior pico de citações a ele, no período, refere-se a uma declaração ofensiva do presidenciável à promotora que solicitou abertura de inquérito contra Ciro por injúria racial, no caso envolvendo um vereador paulistano. Esse debate foi responsável por elevar exponencialmente o volume de menções ao pré-candidato, com conotação predominantemente negativa. Apesar de uma menor presença no debate em relação à semana anterior, Lula ainda segue mobilizando a pauta temática, principalmente quando o assunto é corrupção — tema mais associado ao ex-presidente, a Bolsonaro e a Alckmin. Já economia — em um viés fortemente relacionado à tentativa de alguns candidatos de "agradar" ao mercado e aos partidos de centro —, aparece com frequência nas menções a Ciro. Debate econômico |
Também no debate econômico, cresceu a presença de Ciro Gomes nas discussões por conta de suas recentes declarações sobre a sua proposta econômica de governo. Não houve, no entanto, destaque em nenhum tema específico, com a repercussão geral de diversos assuntos econômicos abordados pelo pré-candidato, como Reforma Trabalhista, ajuste fiscal e impostos. Contudo, observa-se que as declarações de Ciro com críticas à Reforma Trabalhista do governo Temer, tema que normalmente mobiliza os usuários, repercutem com mais apoio do que os demais assuntos econômicos.
O ex-presidente Lula permanece como nome mais citado na temática econômica, ainda que não seja o centro de uma discussão pontual sobre algum tema. O destaque permanece em função do vaivém sobre sua prisão, que estimulou o debate sobre o legado dos governos do PT.
Bolsonaro, por sua vez, apresentou um arrefecimento no volume de menções sobre economia, mas a declaração de Paulo Guedes, cotado para ministro da Fazenda em caso de vitória do deputado, de que manteria a equipe econômica provocou um pico de menções na sexta-feira (13). A fala repercutiu positivamente entre os apoiadores de Bolsonaro, que entenderam a posição do economista como um sinal de que o candidato não precisa ceder a alianças políticas.
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