Em uma semana agitada para o debate político nas redes sociais – no Twitter, por exemplo, os presidenciáveis mobilizaram 46% mais referências do que nos 7 dias anteriores – o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, ampliou sua participação na discussão eleitoral em mais de dez vezes, na comparação com a semana anterior, conforme mostra nova edição do DAPP Report – A semana nas redes. O crescimento tem origem, em especial, na manifestação de apoio do Centrão à sua candidatura, divulgada na última quinta-feira (19), e na participação do tucano no programa de TV "Roda Viva", na segunda-feira (23). Com 218 mil referências (contra 19,6 mil no período anterior), Alckmin foi o 3º presidenciável mais citado no Twitter, atrás apenas de Jair Bolsonaro (694 mil) e Lula (231 mil).
O maior volume de interações sobre Alckmin na rede social foi verificado na terça-feira (24), quando os dois assuntos – Centrão e "Roda Viva" – se somaram. Neste momento, o tucano chegou a superar o volume de menções a Lula (52.267 contra 52.182 citações). Sobre a possível aliança, o tom das publicações é bastante crítico, destacando, em geral, a "falta de credibilidade" desse grupo político, tomado por alguns usuários como corrupto. Também foram muito comentadas, negativamente, a ideia de que Alckmin seria o real sucessor do presidente Michel Temer e a negativa de Josué Alencar (PR) para ocupar a vaga de vice-presidente na chapa tucana. Os tuítes positivos apontam a conquista de maior tempo de TV pelo PSDB e a reação positiva do mercado à perspectiva de coligação.
Desempenho no Twitter
Jair Bolsonaro teve volume de menções 76% superior ao registrado na semana anterior, aumento motivado pela oficialização de sua pré-candidatura no domingo (22), quando o principal pico de citações ao deputado federal foi registrado. O pré-candidato responde por pouco mais de 40% de todos os tuítes coletados.

Lula mantém a segunda posição no debate, ainda que ocupando fatia menos expressiva – uma queda de 29,7%, na semana anterior, para 14,5%, nos últimos 7 dias. O maior volume de referências ao ex-presidente foi verificado na quinta-feira (19), principalmente, a partir de duas notícias: o texto publicado no jornal Folha de S.Paulo, "Afaste de mim esse cale-se", em que Lula escreve uma carta após a decisão da juíza, Carolina Lebbos, que voltou a negar que Lula dê entrevistas dentro da cadeia; e a decisão da ministra do STF, Rosa Weber, que rejeitou o pedido para que Lula seja inelegível antes do registro da candidatura no TSE.
A confirmação da pré-candidatura também gerou aumentos pontuais do volume de menções a outros candidatos, como Guilherme Boulos (Psol) e Ciro Gomes (PDT). Este, no entanto, teve seu nome citado, principalmente, em função de outros pré-candidatos.
Grafo da semana
Foram identificados quatro grupos principais a partir das interações sobre o debate dos presidenciáveis durante a semana no Twitter. No total, foram coletados 1.172.001 retuítes e 1.689.495 tuítes entre os dias 19 de julho até 25 de julho.

O grupo rosa, que conseguiu agrupar cerca de 43,71% dos perfis que participaram do debate, se une principalmente por fazer oposição a Jair Bolsonaro, mas sem expressar claro apoio a nenhum outro candidato. As postagens mais populares do grupo criticam o deputado por ter feito um sinal de uma arma com a mão de uma criança. Outras mensagens se opõem a ele por conta de seu apoio a pautas vistas como conservadoras.
O grupo azul, composto de pouco mais de 24% dos perfis, também se organiza em torno da figura de Bolsonaro, mas em manifestações de apoio ao pré-candidato, que é o principal influenciador do grupo. A postagem de destaque no grupo foi uma crítica feita a Ciro Gomes pelo humorista Danilo Gentili, que fala sobre o silêncio dos que chamam o humorista de machista em relação aos xingamentos de Ciro. Outros tuítes que ganharam proeminência no grupo defendem Bolsonaro das críticas que aparecerem em outros grupos, como o gesto de arma feito na mão de uma criança.
O terceiro maior grupo no debate da última semana foi o vermelho, alinhado à esquerda tradicional, e aglomerou cerca de 23,17% dos perfis. O principal tuíte do grupo ironiza o "cidadão de bem contra corrupção", que na realidade reclama da ascensão de parte da população. Muitas postagens criticam Bolsonaro, inclusive uma do pré-candidato Guilherme Boulos. Lula, por sua vez, é o principal influenciador do grupo, e fala em seus tuítes primordialmente da ilegalidade de sua prisão.
Por fim, o grupo verde (2,69% dos perfis) é encabeçado pelos pré-candidatos Marina Silva e Geraldo Alckmin e compartilha três tipos de postagens: contrárias a Bolsonaro, a favor de Marina ou a favor de Alckmin. Dentre os tuítes com maior repercussão estão uma crítica de Marina a Bolsonaro por ter feito o gesto de arma com uma criança, seguido por um tuíte de Alckmin no qual o candidato assegura que não vai cortar nenhum ponto da Reforma Trabalhista nem trazer de volta a contribuição sindical. No quarto tuíte mais compartilhado do grupo, Marina critica Alckmin ao lembrar que sua aliança durante as atuais eleições são as mesmas de Dilma-Temer em 2014, dizendo que "aqueles que criaram os problemas, não vão resolvê-los".
O maior volume de interações sobre Alckmin na rede social foi verificado na terça-feira (24), quando os dois assuntos – Centrão e "Roda Viva" – se somaram. Neste momento, o tucano chegou a superar o volume de menções a Lula (52.267 contra 52.182 citações). Sobre a possível aliança, o tom das publicações é bastante crítico, destacando, em geral, a "falta de credibilidade" desse grupo político, tomado por alguns usuários como corrupto. Também foram muito comentadas, negativamente, a ideia de que Alckmin seria o real sucessor do presidente Michel Temer e a negativa de Josué Alencar (PR) para ocupar a vaga de vice-presidente na chapa tucana. Os tuítes positivos apontam a conquista de maior tempo de TV pelo PSDB e a reação positiva do mercado à perspectiva de coligação.
Desempenho no Twitter
Jair Bolsonaro teve volume de menções 76% superior ao registrado na semana anterior, aumento motivado pela oficialização de sua pré-candidatura no domingo (22), quando o principal pico de citações ao deputado federal foi registrado. O pré-candidato responde por pouco mais de 40% de todos os tuítes coletados.
Lula mantém a segunda posição no debate, ainda que ocupando fatia menos expressiva – uma queda de 29,7%, na semana anterior, para 14,5%, nos últimos 7 dias. O maior volume de referências ao ex-presidente foi verificado na quinta-feira (19), principalmente, a partir de duas notícias: o texto publicado no jornal Folha de S.Paulo, "Afaste de mim esse cale-se", em que Lula escreve uma carta após a decisão da juíza, Carolina Lebbos, que voltou a negar que Lula dê entrevistas dentro da cadeia; e a decisão da ministra do STF, Rosa Weber, que rejeitou o pedido para que Lula seja inelegível antes do registro da candidatura no TSE.
A confirmação da pré-candidatura também gerou aumentos pontuais do volume de menções a outros candidatos, como Guilherme Boulos (Psol) e Ciro Gomes (PDT). Este, no entanto, teve seu nome citado, principalmente, em função de outros pré-candidatos.
Grafo da semana
Foram identificados quatro grupos principais a partir das interações sobre o debate dos presidenciáveis durante a semana no Twitter. No total, foram coletados 1.172.001 retuítes e 1.689.495 tuítes entre os dias 19 de julho até 25 de julho.
O grupo rosa, que conseguiu agrupar cerca de 43,71% dos perfis que participaram do debate, se une principalmente por fazer oposição a Jair Bolsonaro, mas sem expressar claro apoio a nenhum outro candidato. As postagens mais populares do grupo criticam o deputado por ter feito um sinal de uma arma com a mão de uma criança. Outras mensagens se opõem a ele por conta de seu apoio a pautas vistas como conservadoras.
O grupo azul, composto de pouco mais de 24% dos perfis, também se organiza em torno da figura de Bolsonaro, mas em manifestações de apoio ao pré-candidato, que é o principal influenciador do grupo. A postagem de destaque no grupo foi uma crítica feita a Ciro Gomes pelo humorista Danilo Gentili, que fala sobre o silêncio dos que chamam o humorista de machista em relação aos xingamentos de Ciro. Outros tuítes que ganharam proeminência no grupo defendem Bolsonaro das críticas que aparecerem em outros grupos, como o gesto de arma feito na mão de uma criança.
O terceiro maior grupo no debate da última semana foi o vermelho, alinhado à esquerda tradicional, e aglomerou cerca de 23,17% dos perfis. O principal tuíte do grupo ironiza o "cidadão de bem contra corrupção", que na realidade reclama da ascensão de parte da população. Muitas postagens criticam Bolsonaro, inclusive uma do pré-candidato Guilherme Boulos. Lula, por sua vez, é o principal influenciador do grupo, e fala em seus tuítes primordialmente da ilegalidade de sua prisão.
Por fim, o grupo verde (2,69% dos perfis) é encabeçado pelos pré-candidatos Marina Silva e Geraldo Alckmin e compartilha três tipos de postagens: contrárias a Bolsonaro, a favor de Marina ou a favor de Alckmin. Dentre os tuítes com maior repercussão estão uma crítica de Marina a Bolsonaro por ter feito o gesto de arma com uma criança, seguido por um tuíte de Alckmin no qual o candidato assegura que não vai cortar nenhum ponto da Reforma Trabalhista nem trazer de volta a contribuição sindical. No quarto tuíte mais compartilhado do grupo, Marina critica Alckmin ao lembrar que sua aliança durante as atuais eleições são as mesmas de Dilma-Temer em 2014, dizendo que "aqueles que criaram os problemas, não vão resolvê-los".
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